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Floresta vale quase 8% das exportações nacionais

Pastas celulósicas e madeira e cortiça são os principais produtos extraídos da floresta portuguesa. Dados mostram importância da floresta para a economia nacional numa altura de graves incêndios.

Vítor Mota/Correio da Manhã
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A floresta portuguesa dá origem a produtos que valem quase 8% do total das exportações. O peso da floresta para a economia nacional ilustra bem o impacto que pode ter o facto de 95% da floresta do concelho de Pedrogão Grande ter ardido com o incêndio que começou no sábado passado.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) compilados pela AICEP, as exportações de pastas celulósicas representavam 4,88% do total de exportações em 2016. A este valor juntam-se as exportações de madeira e cortiça que valiam 3,1%. No total, estes dois tipos de produtos geram exportações que correspondem a 7,98% do total das vendas para o estrangeiro.

Dez anos antes, os dois grupos de produtos representavam 8,25% do total das exportações, revelando assim que numa década as exportações de produtos vindos da floresta perderam peso no total das exportações nacionais.

Os mesmos dados da AICEP mostram que foi nas exportações de madeira e cortiça que se registou a maior queda no peso das exportações. Em 2006, a venda de madeira e cortiça para o exterior era igual a 4,23% do total das exportações (contra os 3,1% actuais).

No domingo, o presidente da Câmara Municipal de Pedrogão Grande, Valdemar Antunes, afirmou à Lusa que 95% da floresta do concelho ardeu.

Morreram 62 pessoas no incêndio que começou no sábado, e que ainda é combatido por mais de 1.000 bombeiros e oito meios aéreos. Estão contabilizados 62 feridos.
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