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EUA comunicam oficialmente retirada do Acordo de Associação Transpacífico
O Governo dos Estados Unidos comunicou hoje oficialmente aos seus parceiros do Acordo de Associação Transpacífico (TPP) que o país vai abandonar o mesmo, depois de uma ordem executiva assinada a semana passada pelo Presidente Donald Trump.
O gabinete do representante do Comércio Externo enviou as cartas que notificam "oficialmente" os assinantes do TPP que os Estados Unidos abandonaram o acordo, explicou, em conferência de imprensa, o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer.
O passo seguinte é cumprir a "promessa de campanha" de Donald Trump de retirar o "país de acordos comerciais inaceitáveis que não coloquem os interesses dos Estados Unidos em primeiro lugar", sublinhou o porta-voz da Casa Branca.
O Presidente vai "continuar a negociar novos e melhores acordos comerciais que tragam emprego, aumentem os salários norte-americanos e reduzam o nosso défice comercial", acrescentou.
Depois de vários anos de negociações, o acordo de associação comercial TPP foi assinado em 2015 por 12 países que abarcam 40% da economia mundial - Estados Unidos, Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Singapura e Vietname -, tendo Barack Obama sido um dos seus grandes impulsionadores.
No entanto, a Parceria TransPacífico – na qual a Administração Obama se empenhou – não tinha ainda sido ratificada pelo Congresso norte-americano - precisamente devido à oposição dos republicanos.
Com esta retirada dos EUA, o acordo fica em perigo, uma vez que, para ser implementado, exige a representação de pelo menos 85% do PIB agregado dos países subscritores, o que o torna dependente das economias mais poderosas – os Estados Unidos e o Japão.