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México e Austrália insistem em manter zonas de comércio livre apesar de Trump

Depois de Trump ter retirado os EUA da TPP, a Austrália insiste em avançar com a Parceria TransPacífico. Já o presidente do México defendeu a manutenção em vigor da NAFTA.

Bloomberg
24 de Janeiro de 2017 às 08:26
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O primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull, revelou que na noite desta segunda-feira manteve conversações com o seu homólogo japonês, Shinzo Abe, e ainda com os líderes da Nova Zelândia e de Singapura tendo em vista o objectivo de fazer avançar a Parceria TransPacífico (TPP).

 

Depois de também ontem o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter formalmente retirado os EUA da TPP – um acordo de livre comércio firmado em 2015 mas que ainda não entrou em vigor por ter de ser ratificado por todos os 12 signatários iniciais – Turnbull garantiu que mesmo sem a maior economia mundial esta parceira "permanece uma opção muito viva".

 

"Todos nós estamos a trabalhar para ver como poderemos assegurar que mantemos o impulso em direcção ao mercado e comércio livres", afirmou o líder australiano em declarações feitas aos jornalistas já esta terça-feira, 24 de Janeiro, em Sidney.

 

"Perder os EUA da TPP é uma grande perda mas não iremos recuar em relação ao compromisso", atirou Malcolm Turnbull.

 

Quem também se pronunciou sobre o ímpeto proteccionista de Trump foi o presidente do México, Enrique Peña Nieto, que na noite desta segunda-feira defendeu que a região da América do Norte deve continuar a configurar uma zona de livre comércio. Nieto referia-se ao Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (NAFTA), em vigor desde 1994 e que estabelece custos reduzidos nas trocas comerciais entre EUA, México e Canadá. "Devemos preservar o comércio livre" entre estes três países, defendeu Nieto para quem é necessário isentar de tarifas aduaneiras o comércio entre México, EUA e Canadá.

 

Trump tem vindo a defender, tendo-o reiterado ainda ontem no primeiro dia de trabalho na Casa Branca, a necessidade de os EUA reverem os acordos comerciais em negociação e também aqueles já em vigência, acenando ainda com a importância de impor tarifas aduaneiras mais elevadas aos produtos importados para proteger a produção norte-americana.

Também esta segunda-feira Trump deu indicações para que todos os acordos comerciais ratificados por Washington sejam renegociados. É o lema "América primeiro" a que Trump aludiu no discurso da tomada de posso como 45.º presidente norte-americano. 

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