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Trump retira formalmente os Estados Unidos da Parceria TransPacífico

O presidente dos Estados Unidos retirou o país da TPP, reduziu a ajuda americana a grupos que oferecem ou promovem abortos no exterior, e estabeleceu um congelamento imediato das contratações, a nível federal.

5º Donald Trump, 782 notícias - O presidente eleito dos EUA é o grande protagonista deste final de ano. Foi o mais citado nas notícias do Negócios em Novembro e Dezembro e é o primeiro estrangeiro neste ranking.
Jonathan Ernst/Reuters
23 de Janeiro de 2017 às 18:48
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Donald Trump retirou formalmente os Estados Unidos da Parceria TransPacífico (TPP) esta segunda-feira, 23 de Janeiro, dando cumprimento à promessa de abandonar este acordo assim que assumisse a liderança da Casa Branca. O país assina, desta forma, o seu afastamento dos aliados asiáticos, numa altura em que a influência da China está a crescer na região.

 

"É uma coisa importante para os trabalhadores americanos, o que acabámos de fazer", afirmou o presidente norte-americano, após assinar, na Sala Oval, o decreto presidencial que formaliza a retirada dos Estados Unido deste pacto de 2015 entre 12 países que, segundo os republicanos, seria prejudicial para o sector industrial.

 

O acordo, apoiado fortemente pelas empresas norte-americanas, foi negociado pela administração do antigo presidente Barack Obama, mas nunca chegou a ser aprovado pelo Congresso, precisamente devido à oposição republicana.

 

A parceria – assinada em 2015 entre os Estados Unidos, Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Singapura e Vietname – era um pilar central da estratégia de Obama na região Ásia Pacífico para combater o crescimento desmesurado da influência da China.

 

Além desta medida, Trump decidiu ainda reduzir a ajuda americana a grupos que oferecem ou promovem abortos no exterior, e estabelecer um congelamento imediato das contratações, a nível federal, que exclui as forças armadas. "Excepto os militares", sublinhou Trump enquanto assinava o decreto.

 


Esta segunda-feira, o chefe de Estado já havia assinado um outro decreto para dar início à renegociação do Acordo de Comércio Livre da América do Norte (NAFTA na sigla inglesa), que envolve o Canadá e o México.

 

Estas foram as principais medidas postas em prática pelo recém-empossado presidente que, no seu terceiro dia completo no cargo, esteve ainda reunido com uma dezena de empresários na Casa Branca. Nesse encontro, anunciou que a sua administração pode cortar a regulação a que as empresas estão sujeitas em 75% "ou talvez mais".

"Vamos cortar a regulamentação de forma maciça", mas as regras serão igualmente "protectoras" para as pessoas, afirmou o presidente dos Estados Unidos aos jornalistas, citado pela CNBC, na reunião que contou com empresários como o CEO da Tesla, Elon Musk, e Kevin Plank, CEO da Under Armour.

No encontro, o novo líder da Casa Branca reiterou ainda a sua intenção de baixar a carga fiscal sobre as empresas, reduzindo o imposto (equivalente ao IRC) dos actuais 35% para 20% a 15%. Trump sublinhou também que pretende recompensar as empresas que produzem nos Estados Unidos e impor taxas sobre os produtos que as empresas norte-americanas produzem no exterior.

"O que queremos fazer é trazer de volta a produção para o nosso país (…) Isso não significa que não façamos comércio, porque fazemos. Mas queremos fazer os nossos produtos aqui", declarou o chefe de Estado.

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