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Imigrantes ilegais com cadastro serão foco das expulsões, diz Casa Branca

A Casa Branca reafirmou esta segunda-feira que os imigrantes ilegais com antecedentes criminais serão o foco da campanha de deportação prometida pelo Presidente Donald Trump.

Reuters
23 de Janeiro de 2017 às 20:43
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"As pessoas que podem fazer mal ou que tenham feito mal e têm cadastro são o foco", disse o assessor de imprensa Sean Spicer aos jornalistas, quando questionado sobre o futuro de um programa que protege da deportação imigrantes sem documentos que chegaram aos Estados Unidos quando eram crianças.

 

"Temos uma série de indivíduos que devemos identificar, os que ultrapassaram o prazo dos seus vistos, que cometeram um crime. Vamos analisar isso de forma sistemática e metódica. Neste momento o foco está em pessoas que fizeram mal ao nosso país", adiantou Spicer.

 

Durante a campanha eleitoral, Donald Trump chegou a prometer expulsar os cerca de 11 milhões de imigrantes em situação irregular, atacando sobretudo os hispânicos. Mais tarde assegurou que iria expulsar prioritariamente os clandestinos delinquentes, entre "dois a três milhões" de pessoas.

 

As associações de defesa dos imigrantes temem que o novo Presidente ponha em causa o programa DACA, criado por Barack Obama em 2012 e que permitiu a mais de 750.000 clandestinos que chegaram aos Estados Unidos quando eram menores obterem autorizações de residência e de trabalho. 

Trump, por várias ocasiões, apontou que pretendia restringir o acesso de imigrantes ao país. Esta é uma das questões importantes para o sector tecnológico norte-americano. Muitas destas empresas têm uma parte significativa da sua força de trabalho oriunda de outros países. Silicon Valley é um dos maiores centros de tecnologia e de empreendedorismo do mundo e, ao longo dos anos, foi atraindo pessoas dos vários pontos do globo, quer para trabalhar quer para fundar empresas.

E o novo presidente norte-americano deu mais uma "machadada" à comunidade hispânica dos Estados Unidos, que é a maior minoria do país, referia ontem o El País na sua edição online.

 

"Além de não contar com qualquer hispânico na sua equipa, algo que não sucedia há quase 30 anos, a nova Administração encerrou as páginas em espanhol que o governo tinha nas redes sociais. De momento, não há também um interlocutor directo para assuntos relacionados com a comunidade hispânica, como teve a Administração Obama. A Casa Branca já só é The White House", sublinhou o jornal espanhol.

 

Esse link, agora desaparecido, ligava a presidência à Web, em castelhano, e além de estarem traduzidos os assuntos da página principal em inglês, destacavam-se também interesses especiais da comunidade hispânica, como as acções executivas de Obama para regularizar temporariamente centenas de milhares de jovens sem documentação – o programa de acção diferida conhecido como DACA.

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