Segundo um relatório do Citigroup, citado pelo “Cinco Días”, o crescimento espanhol poderá ser inferior ao previsto pelo Governo espanhol, que prevê 1,3% para 2011.

O próprio primeiro-ministro espanhol, José Rodríguez Zapatero, afiançou inclusive ontem que o crescimento da economia para o terceiro trimestre “não será tão bom” quanto o de 0,2% dos últimos três meses. O relatório do grupo financeiro corrobora esta análise do governante espanhol, ventilando a hipótese do crescimento de Espanha no segundo trimestre ser negativo.

O governo espanhol propôs-se a diminuir o défice público de 9,3% para 6% do PIB, através de medidas como as tomadas recentemente de quebra no investimento público em infraestruturas, algo que está a provocar celeuma por entre as construtoras espanholas. Citado pelo “Cinco Días”, o relatório do Citigroup não prevê margem de manobra do governo espanhol para voltar a incrementar o investimento público de uma forma “que tenha impacto na elevada taxa de desemprego” do país vizinho.

A economia espanhola foi alvo, nos últimos meses, de fortes medidas de austeridade tendo em vista a redução do seu elevado défice público – mesmo que inferior a défices como os do Reino Unido ou da França – lidando também com elevadas taxas de desemprego.