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BCE, Comissão Europeia e FMI elogiam boa posição da Irlanda para abandonar resgate

O vice-presidente da Comissão Europeia diz que a “Irlanda está bem colocada para uma saída duradoura e bem-sucedida do resgate”. Mario Draghi, do BCE, mostra-se confiante de que o que terá de ser feito vai ser feito. A presidente do FMI reforçou a boa situação em que se encontra a Irlanda.

Bloomberg
14 de Novembro de 2013 às 15:36
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As instituições internacionais que constituem a troika consideram que a Irlanda está bem posicionada para deixar de ser um país intervencionado. Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional, as entidades que geriram o resgate irlandês, mostraram-se optimistas em relação a uma saída da Irlanda desse programa sem o recurso a uma linha de crédito cautelar, disponível para situações de emergência.

 

A Comissão Europeia, pela voz do vice-presidente Olli Rehn, foi a mais entusiasta. “Embora permaneçam alguns desafios, a Irlanda fez um progresso impressionante e está bem colocada para proceder a uma saída bem-sucedida e duradoura do programa”, escreveu o comissário europeu para os Assuntos Monetários e Económicos, Olli Rehn, numa nota colocada no site da Comissão Europeia.


O primeiro-ministro irlandês, Enda Kenny, informou esta quinta-feira, 14 de Novembro, que o governo “decidiu que a Irlanda vai sair do programa de ajustamento a 15 de Dezembro [deste ano], sem recorrer a um programa cautelar”.

 

“Sei que o governo irlandês reflectiu com muito cuidado sobre este assunto. A Comissão Europeia sempre deixou bem claro que esta era uma decisão da Irlanda e que iríamos apoiar a Irlanda, fosse qual fosse a decisão tomada”, continuou Olli Rehn, que diz ter sido informado pelo ministro irlandês das Finanças Michael Noonan esta manhã.

 

Para o vice-presidente da Comissão Europeia, a proximidade da saída do programa de ajustamento internacional da Irlanda é importante porque mostra que os resgates, quando bem implementados, “compensam”.

 

“Em suma, hoje é um bom dia para a Irlanda e para o povo irlandês. Dá-nos uma prova clara que de a implementação determinada de uma agenda de reforma abrangente pode, decisivamente, conduzir a uma reviravolta em torno da economia de um país e colocá-lo num percurso de crescimento sustentável e de crescente emprego”, continuou Olli Rehn.

 

FMI confiante com “almofada de liquidez” da Irlanda

 

Num e-mail enviado para as redacções, a presidente do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, também sublinhou que a Irlanda está numa "forte" posição em termos de implementação do resgate neste mês que antecipa a sua saída desse programa, negociado em Novembro de 2010.


Segundo Lagarde, o "muito forte" histórico de implementação das medidas acordadas “é um bom presságio” para a saída de programa de resgate.

 

A presidente do FMI fez, no seu e-mail, uma consideração idêntica à da Comissão Europeia: “Embora se mantenham as incertezas na Europa e, de uma forma mais ampla, na economia global, a Irlanda está numa forte posição em relação às suas taxas de juro e já constituiu uma considerável almofada de liquidez”.

 

Washington mostra interesse em continuar a trabalhar com as autoridades irlandesas na resposta aos desafios que ainda permanecem.

 

Mario Draghi espera que todas medidas necessárias serão concretizadas

 

Em Bruxelas, onde decorre um Eurogrupo (reunião dos ministros das Finanças da Zona Euro), o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, relembrou que o programa da Irlanda esteve sempre no caminho certo e sublinhou os vários progressos concretizados numa variedade de áreas.

 

“Estamos confiantes de que todas as acções necessárias que precisam de ser tomadas e decididas, serão concretizadas”, disse Draghi aos jornalistas, de acordo com a Bloomberg.

 

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