Notícia
Banco Mundial acusa diretora-geral do FMI de ter pressionado melhorias nos dados sobre a China
De acordo com as conclusões de uma auditoria pedida pelo Banco Mundial, vários altos funcionários do banco e Georgieva terão feito pressão de maneira "indevida" para melhorar a classificação da China no relatório periódico "Doing Business".
17 de Setembro de 2021 às 00:28
A economista Kristalina Georgieva, diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) desde outubro de 2019, terá "pressionado indevidamente" no sentido de se melhorar os dados da economia chinesa no relatório "Doing Business" enquanto esteve na liderança do Banco Mundial (BM), segundo uma auditoria independente.
De acordo com as conclusões de uma auditoria pedida pelo Banco Mundial, vários altos funcionários do banco e Georgieva terão feito pressão de maneira "indevida" para melhorar a classificação da China no relatório periódico "Doing Business".
Por isso, o Grupo Banco Mundial decidiu esta quinta-feira, 16 de setembro, encerrar a publicação daquele documento, um dos seus relatórios de referência, sobre as condições de investimento por país.
A instituição com sede em Washington explicou que tomou essa decisão depois de relatórios de auditoria interna levantarem "questões éticas, incluindo a conduta de ex-funcionários da direção, bem como de funcionários atuais ou ex-funcionários do Banco Mundial".
O relatório do escritório de advocacia Wilmer Hale citou também "pressão direta e indireta" de funcionários seniores do gabinete do então presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, para mudar a metodologia do relatório de modo a melhorar a pontuação da China, concluindo que tal também deverá ter acontecido sob a sua direção.
Jim Yong Kim foi presidente do Banco Mundial entre julho de 2012 e final de janeiro de 2019 (mês em que se demitiu). Georgieva, que nessa altura era a CEO do Grupo Banco Mundial (cargo que ocupava desde janeiro de 2017), foi presidente interina da instituição durante alguns meses desse ano de 2019 até a administração norte-americana ter nomeado David Malpass. Em outubro desse mesmo ano assumiu a liderança do FMI, sucedendo a Christine Lagarde - que está aos comandos para o Banco Central Europeu.
Nesta auditoria, também se constata que Georgieva terá pressionado a equipa a "fazer mudanças específicas" nos dados da China e a melhorar as suas classificações num momento em que o BM procurava o apoio de Pequim para aumentar o seu capital.
A posição da China no relatório de 2018, divulgado em outubro de 2017, deveria ter ficado sete lugares abaixo, no 85.º em vez de 78.º, referiu o Banco Mundial numa revisão publicada em dezembro.
"As mudanças nos dados chineses no 'Doing Business 2018' parecem resultar de dois tipos diferentes de pressão aplicada pela liderança do banco sobre a equipa do Doing Business", diz o Banco Mundial no relatório desta quinta-feira.
Pouco depois de este relatório ser publicado, Georgieva rejeitou tais alegações, num comunicado no qual afirma discordar das conclusões e interpretações da investigação independente. "Já tive uma reunião inicial com o conselho executivo do FMI sobre esse assunto", disse a economista búlgara.
De acordo com as conclusões de uma auditoria pedida pelo Banco Mundial, vários altos funcionários do banco e Georgieva terão feito pressão de maneira "indevida" para melhorar a classificação da China no relatório periódico "Doing Business".
A instituição com sede em Washington explicou que tomou essa decisão depois de relatórios de auditoria interna levantarem "questões éticas, incluindo a conduta de ex-funcionários da direção, bem como de funcionários atuais ou ex-funcionários do Banco Mundial".
O relatório do escritório de advocacia Wilmer Hale citou também "pressão direta e indireta" de funcionários seniores do gabinete do então presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, para mudar a metodologia do relatório de modo a melhorar a pontuação da China, concluindo que tal também deverá ter acontecido sob a sua direção.
Jim Yong Kim foi presidente do Banco Mundial entre julho de 2012 e final de janeiro de 2019 (mês em que se demitiu). Georgieva, que nessa altura era a CEO do Grupo Banco Mundial (cargo que ocupava desde janeiro de 2017), foi presidente interina da instituição durante alguns meses desse ano de 2019 até a administração norte-americana ter nomeado David Malpass. Em outubro desse mesmo ano assumiu a liderança do FMI, sucedendo a Christine Lagarde - que está aos comandos para o Banco Central Europeu.
Nesta auditoria, também se constata que Georgieva terá pressionado a equipa a "fazer mudanças específicas" nos dados da China e a melhorar as suas classificações num momento em que o BM procurava o apoio de Pequim para aumentar o seu capital.
A posição da China no relatório de 2018, divulgado em outubro de 2017, deveria ter ficado sete lugares abaixo, no 85.º em vez de 78.º, referiu o Banco Mundial numa revisão publicada em dezembro.
"As mudanças nos dados chineses no 'Doing Business 2018' parecem resultar de dois tipos diferentes de pressão aplicada pela liderança do banco sobre a equipa do Doing Business", diz o Banco Mundial no relatório desta quinta-feira.
Pouco depois de este relatório ser publicado, Georgieva rejeitou tais alegações, num comunicado no qual afirma discordar das conclusões e interpretações da investigação independente. "Já tive uma reunião inicial com o conselho executivo do FMI sobre esse assunto", disse a economista búlgara.