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FMI segura líder apesar do escândalo com relatório sobre a China

Depois de um sinal verde manifestado pelos Estados Unidos, a comissão executiva do Fundo Monetário Internacional deliberou pela manutenção de Kristalina Georgieva na liderança da instituição.

Reuters
12 de Outubro de 2021 às 12:29
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A comissão executiva do Fundo Monetário Internacional decidiu manter Kristalina Georgieva na liderança da instituição, após uma semana de averiguações, no seguimento de um relatório que indicava que a responsável teria beneficiado a China, quando ocupava o anterior cargo, à frente do Banco Mundial.

"A comissão considerou que as informações apresentadas no decorrer da sua investigação não demonstravam de forma conclusiva ter havido uma conduta imprópria da diretora em relação ao relatório Doing Business 2018, quando era CEO do Banco Mundial", indicou o Fundo, em comunicado, após as deliberações do conselho esta segunda-feira. "Depois de examinar todas as evidências apresentadas, a comissão executiva reafirma a sua total confiança na liderança da diretora e na sua capacidade de continuar a desempenhar com eficácia as suas funções."

O escândalo rebentou no mês passado, quando o escritório de advogados Wilmer Hale publicou um relatório a indicar que vários altos funcionários do Banco Mundial, em 2017, incluindo Kristalina Georgieva - na altura à frente da instituição, - fizeram pressão "impropriamente" para melhorar a classificação da China no seu relatório regular "Doing Business".

A líder búlgara, a primeira de um país emergente à frente da instituição, sempre negou as acusações. "O relatório não caracterizou com precisão as minhas ações, nem retrata com precisão quem eu sou ou a forma como tenho trabalhado ao longo da minha longa carreira profissional", terá afirmado durante as averiguações.

No entanto, o caso mancha a reputação das duas instituições, com os Estados Unidos - o maior financiador de ambas - na semana passada a pressionar para a demissão da responsável, com a concordância de outros países.

Contudo já esta segunda-feira, Janet Yellen, secretária do Tesouro norte-americano,  considerou que "deviam ser tomadas medidas proativas para reforçar a integridade de dados e credibilidade no FMI" mas que as alegações não implicavam "remoção de Georgieva", o que poderá ter facilitado a decisão da comissão, composta por 24 diretores, de 190 Estados membros.

Em reação à deliberação, em comunicado, a líder agradeceu ao conselho e concordou "que as alegações eram infundadas". "Confiança e integridade são os pilares das organizações multinacionais para as quais servi fielmente mais de quatro décadas", indicou.

Kristalina Georgieva assumiu a direção do Fundo em outubro de 2019, para substituir Christine Lagarde, vinda da liderança do Banco Mundial.
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