Notícia
Passos diz que roubo de Tancos "obriga" também Marcelo a definir-se
O líder social-democrata recorda que Marcelo Rebelo de Sousa, enquanto Presidente da República "é, nos termos da Constituição, o comandante em chefe das Forças Armadas".
02 de Julho de 2017 às 20:57
O presidente do PSD, criticou hoje o silêncio do governo quanto ao furto de nos paióis de Tancos, mostrando-se "atónito" com a divulgação da lista de material de guerra no jornal "El Español".
"Estou atónito ao ver a indicação de que tinha sido um jornal espanhol a publicar a lista completa do material que foi furtado em paióis portugueses", disse, considerando que é, "pelo menos, desrespeitoso para o país que as nossas autoridades não saibam explicar o que se passou e exista um jornal espanhol a publicar" essa informação.
Esta situação "não pode ficar no silêncio. Esta é uma matéria de extrema gravidade", afirmou Pedro Passos Coelho em Proença-a-Nova, no distrito de Castelo Branco.
O presidente do PSD, que falava durante a apresentação da candidata independente pelo PSD, Helena Mendonça, às eleições autárquicas de Outubro, recordou as suas declarações proferidas no sábado, em que disse estranhar que, ao nível da hierarquia militar, ninguém tenha colocado o lugar à disposição ou que alguém tenha sido exonerado.
"Os militares são muito prontos a assumir responsabilidades. Quando se trata de colocar o lugar à disposição, isso nunca se faz para reconhecer uma fraqueza. Faz-se sempre para recolher a autoridade que é necessária para fazer o que falta para a frente. Não é um sinal de fraqueza, pelo contrário", explicou.
Quando alguém, na hierarquia militar, coloca o lugar à disposição, "está a interpelar o poder político, se tem dele a confiança ou não, para fazer o que precisa, não é um sinal de fraqueza, acrescentou.
O líder social-democrata explicou que esta situação "obriga" o Governo a definir-se e a assumir responsabilidades e, neste caso, fez também uma referência ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa: "Não só o Governo, mas também o Presidente da República, porque o Presidente da República é, nos termos da Constituição, o comandante em chefe das Forças Armadas".
Passos Coelho disse ainda que este é o tempo em que os políticos procuram descartar e relativizar os problemas.
Por isso, "é natural que os partidos queiram pedir responsabilidades a quem governa". É "isso que procuramos fazer com as nossas intervenções: exige-se de um partido da oposição que alerte para os problemas e chame à responsabilidade quem está no governo", explicou.
O presidente dos sociais-democratas considerou que hoje não existe um Governo que politicamente apareça a coordenar as operações: "Falar não é comandar".
Numa alusão ao incêndio de Pedrógão Grande, que causou 64 mortos, Passos Coelho falou no medo que se apoderou das pessoas, numa altura em que se entrou na fase mais arriscada (fase Charlie) e disse que as pessoas ainda não perceberam que medidas o Governo está a tomar para evitar que a situação se repita.
E, sobre este tema, adiantou que o PSD não irá prescindir, a seu tempo, que estas matérias sejam escrutinadas tecnicamente e de saber se o que aconteceu em Pedrógão Grande, era ou não evitável: "Isso não pode acontecer".
"Empurra-se de um lado para o outro a responsabilidade e ninguém quer apresentar uma resposta unificada. Não sabemos o que o Governo está a fazer. O primeiro-ministro fez um despacho a fazer perguntas, a ministra [da Administração Interna] manda fazer estudos de avaliação sobre o SIRESP (Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal)", frisou.
Por isso, o líder do PSD entende que os desenvolvimentos a que se assistiu no país nas últimas semanas mostram que perante "dificuldades mais sérias", o "país descobriu que tinha um Governo que não estava preparado para elas".
"Estou atónito ao ver a indicação de que tinha sido um jornal espanhol a publicar a lista completa do material que foi furtado em paióis portugueses", disse, considerando que é, "pelo menos, desrespeitoso para o país que as nossas autoridades não saibam explicar o que se passou e exista um jornal espanhol a publicar" essa informação.
O presidente do PSD, que falava durante a apresentação da candidata independente pelo PSD, Helena Mendonça, às eleições autárquicas de Outubro, recordou as suas declarações proferidas no sábado, em que disse estranhar que, ao nível da hierarquia militar, ninguém tenha colocado o lugar à disposição ou que alguém tenha sido exonerado.
"Os militares são muito prontos a assumir responsabilidades. Quando se trata de colocar o lugar à disposição, isso nunca se faz para reconhecer uma fraqueza. Faz-se sempre para recolher a autoridade que é necessária para fazer o que falta para a frente. Não é um sinal de fraqueza, pelo contrário", explicou.
Quando alguém, na hierarquia militar, coloca o lugar à disposição, "está a interpelar o poder político, se tem dele a confiança ou não, para fazer o que precisa, não é um sinal de fraqueza, acrescentou.
O líder social-democrata explicou que esta situação "obriga" o Governo a definir-se e a assumir responsabilidades e, neste caso, fez também uma referência ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa: "Não só o Governo, mas também o Presidente da República, porque o Presidente da República é, nos termos da Constituição, o comandante em chefe das Forças Armadas".
Passos Coelho disse ainda que este é o tempo em que os políticos procuram descartar e relativizar os problemas.
Por isso, "é natural que os partidos queiram pedir responsabilidades a quem governa". É "isso que procuramos fazer com as nossas intervenções: exige-se de um partido da oposição que alerte para os problemas e chame à responsabilidade quem está no governo", explicou.
O presidente dos sociais-democratas considerou que hoje não existe um Governo que politicamente apareça a coordenar as operações: "Falar não é comandar".
Numa alusão ao incêndio de Pedrógão Grande, que causou 64 mortos, Passos Coelho falou no medo que se apoderou das pessoas, numa altura em que se entrou na fase mais arriscada (fase Charlie) e disse que as pessoas ainda não perceberam que medidas o Governo está a tomar para evitar que a situação se repita.
E, sobre este tema, adiantou que o PSD não irá prescindir, a seu tempo, que estas matérias sejam escrutinadas tecnicamente e de saber se o que aconteceu em Pedrógão Grande, era ou não evitável: "Isso não pode acontecer".
"Empurra-se de um lado para o outro a responsabilidade e ninguém quer apresentar uma resposta unificada. Não sabemos o que o Governo está a fazer. O primeiro-ministro fez um despacho a fazer perguntas, a ministra [da Administração Interna] manda fazer estudos de avaliação sobre o SIRESP (Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal)", frisou.
Por isso, o líder do PSD entende que os desenvolvimentos a que se assistiu no país nas últimas semanas mostram que perante "dificuldades mais sérias", o "país descobriu que tinha um Governo que não estava preparado para elas".