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Governo manda "contar espingardas" nas forças de segurança

A PSP instaurou processos disciplinares aos responsáveis pelo desaparecimento de 57 armas e mandou regressar da Guiné Bissau o ex-director do departamento envolvido na polémica.

Miguel Baltazar/Negócios
29 de Março de 2017 às 16:28
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O Ministério da Administração Interna determinou esta quarta-feira, 29 de Março, a realização de um "inventário rigoroso de todas as armas e munições" que existem na Polícia de Segurança Pública (PSP), na Guarda Nacional Republicana (GNR) e no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

 

A decisão da ministra Constança Urbano de Sousa surge na sequência das conclusões de um inquérito ao desaparecimento de, pelo menos, 57 pistolas Glock (além das munições e dos carregadores de cada uma das armas) do Departamento de Apoio Geral (DAG) da Direcção Nacional da PSP, que foi tornado público em Fevereiro deste ano.

 

"As Forças e Serviços de Segurança devem, ainda, informar a Inspecção-Geral da Administração Interna sobre todos os procedimentos relativos ao controlo, registo, distribuição e armazenamento de todo o armamento, com vista à harmonização e reforço dos mecanismos e procedimentos de segurança, supervisão e controlo", lê-se na nota de imprensa emitida esta tarde pela tutela.

 

Durante uma audição em sede de comissão parlamentar, a 7 de Março, Constança Urbano de Sousa garantiu que este era um caso isolado e prometeu que a confirmação destas falhas no controlo e na supervisão iria ter "consequências a nível disciplinar".

 

O Ministério confirma agora que foram instaurados "processos disciplinares à cadeia hierárquica" deste departamento da PSP e também "iniciados os procedimentos legais com vista à cessação da comissão de serviço" do ex-director deste serviço responsável pelo armazenamento de armas, que está na Guiné Bissau como oficial de ligação do MAI.

 

Segundo a Agência Lusa, que cita o despacho da nomeação publicado em Diário da República a 6 de Dezembro de 2016, o superintendente da PSP Paulo Jorge Gonçalves Sampaio iniciou funções na Guiné-Bissau a 23 de Janeiro deste ano e terminaria a comissão de serviço em Fevereiro de 2020.

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