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Eixo cultural Belém-Ajuda já existe mas falta-lhe uma marca

O director-geral do Património Cultural, Nuno Vassallo e Silva, sublinhou hoje que o eixo cultural Belém-Ajuda já existe, mas falta desenvolver uma marca e "criar uma unidade" através de uma rede de parcerias na zona.

Jorge Godinho/Correio da Manhã
13 de Dezembro de 2014 às 11:12
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"Está longe de ser o que poderia ser, mas existe", avaliou o responsável numa entrevista à agência Lusa, recordando que a tutela da Cultura pediu ao novo presidente do Centro Cultural de Belém (CCB), António Lamas, para criar um projecto para a zona.

 

O eixo integra alguns dos museus e monumentos mais visitados do país, nomeadamente o Museu dos Coches, a Torre de Belém, o Mosteiro dos Jerónimos e o Palácio da Ajuda, mas inclui ainda o Museu Nacional de Arqueologia, a Capela de São Jerónimo, o Museu de Arte Popular e o Museu Nacional de Etnologia.

 

O responsável pela Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) indicou que, assim que assumiu o cargo, há dez meses, uma das incumbências foi trabalhar a questão do eixo Belém-Ajuda, tendo tido várias reuniões com a Câmara Municipal de Lisboa e a Associação de Turismo de Lisboa.

 

Foram igualmente ouvidas outras entidades, nomeadamente a Marinha, que também tem um museu junto ao Museu Nacional de Arqueologia, e a Presidência da República, que possui um museu próprio.

 

"O eixo Belém-Ajuda existe - é uma realidade que existe - está solta, e por isso aparentemente parece que não existe uma identidade tutelar. Aliás, a entidade tutelar são os residentes locais e os turistas que visitam os monumentos e museus. É a segunda zona mais visitada de Lisboa, a seguir ao Chiado", comentou.

 

Vassallo e Silva sustentou que a DGPC tem "o esqueleto" deste eixo de espaços patrimoniais e, por esse motivo, serão "o activo" que irá "preparar a estrutura à qual outros se irão juntar".

 

Também considera que ainda há muito trabalho técnico a fazer, nomeadamente criar uma cartografia para a zona, a sinaléctica própria, e retirar as bilheteiras para o exterior dos monumentos mais visitados.

 

"Queremos desenvolver a ideia da marca. Criar uma unidade" para aquela área que se estende desde a Torre de Belém, os Jerónimos, até à Ajuda e ao novo Museu dos Coches, "mas sempre com o espírito de autonomia naquela zona", apontou.

 

Sublinhou também que existe uma "preocupação interna para dinamizar esta zona" e que António Lamas foi incumbido de apresentar um plano para a gestão, mas que não recebeu diretrizes da DGCP.

 

Questionado sobre a hipótese de o CCB poder vir a liderar o projeto, o diretor-geral do Património respondeu: "Não excluo essa hipótese, que venha a liderar. Como parceiro".

 

Relativamente à passagem de museus para gestão municipal, anunciada em Novembro, no parlamento, pelo secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, o director-geral do Património disse que não está a acompanhar nenhum processo destes, mas deverá seguir a Lei Quadro dos Museus.

 

"Independentemente da sua tutela, os museus têm objectivos e uma missão a cumprir", comentou, acrescentando que não está prevista a passagem de nenhum museu da DGPC para a gestão autárquica.

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