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Portugueses têm cada vez mais bicicletas

Segundo os dados do INE, a percentagem de famílias portuguesas com acesso a bicicleta aumentou 10,7 pontos percentuais, ultrapassando agora os 40%

17 de Julho de 2017 às 19:59
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A utilização de bicicleta parece estar a aumentar e isso reflecte-se nas estatísticas de despesa das famílias portuguesas. Segundo os dados publicados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2015/2016 quase 40% dos agregados familiares tinham uma bicicleta. Muito acima dos 29,1% observados cinco anos antes. Foi o meio de transporte que mais cresceu nesse período.

Numa divisão por regiões, o Centro é claramente onde as bicicletas são mais populares (mais de 50% das famílias tem uma), o que contrasta com a Madeira, onde pouco mais de 12% é fã de pedalar.

"A bicicleta era um meio de transporte detido por quase 40% das famílias portuguesas, uma proporção significativamente diferente da relativa a ciclomotores [até 50 cc.] (7,8%) e motociclos [mais de 50 cc.] (6%)", escreve o INE. "A posse de bicicleta era mais frequente entre as famílias com crianças (63,6%), 23,8 pontos percentuais acima da média nacional."






Portugueses concentram despesa no essencial

As conclusões do INE estão expressas numa publicação sobre os orçamentos das famílias portuguesas, divulgada na manhã de hoje, 17 de Julho. Nela conclui-se que os gastos médios das famílias portuguesas em 2015/2016 caíram 28 euros face aos valores de 2010/2011. A maior diferença não está na dimensão do orçamento, mas sim na sua distribuição, onde os gastos essenciais têm cada vez mais peso. "Em conjunto, as três principais componentes da despesa (habitação, alimentação e transportes) concentravam 60,3% da despesa total anual [...] ou seja mais 3,3 pontos percentuais relativamente ao início da década (57%)", escreve o INE.

A tendência não começou com a crise económica. Se recuarmos um pouco mais, verificamos que esses gastos estão a ganhar peso pelo menos desde 2000. Nesse ano, essas categorias da despesa representavam apenas 53,5% do orçamento familiar.

Porém, as três rubricas tiveram comportamentos distintos. Embora o peso da alimentação tenha aumentado face a 2010/2011, a trajectória tem sido de descida nos últimos 16 anos, passando de 18,7% para 14,3%. A habitação segue uma tendência totalmente diferente, conquistando cada vez mais espaço. Com um salto de 19,8% para 31,9% em 16 anos, os gastos com casa e energia são hoje, de longe, a categoria que mais dinheiro tira da carteira dos portugueses.

Para os gastos essenciais ganharem espaço, as famílias tiveram de abdicar de outras despesas. Foi o que aconteceu com os gastos em restaurantes e hotéis – passaram de 10,4% para 8,8% da despesa em cinco anos – e com o lazer e a cultura, que caiu de 5,3% para 4,2%.

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