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PIB português terá crescido entre 0,1% e 0,4% no terceiro trimestre
O INE vai anunciar esta sexta-feira a estimativa rápida para a evolução da economia portuguesa no terceiro trimestre , sendo que as previsões dos economistas apontam para um crescimento inferior a 0,4%.
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A economia portuguesa deverá apresentar um crescimento em cadeia entre 0,1% e 0,4% no terceiro trimestre face ao segundo, motivado sobretudo pelo aumento da procura interna, anteciparam hoje analistas contactados pela agência Lusa.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga na sexta-feira a estimativa rápida referente às contas nacionais trimestrais, que apresentam a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre.
No segundo trimestre, o PIB cresceu 0,3% face ao primeiro e 0,9% em relação ao mesmo período de 2013, de acordo com as contas nacionais trimestrais divulgadas pelo INE em Setembro, tendo já em conta o novo Sistema Europeu de Contas (SEC2010).
Num comentário enviado à Lusa, a analista financeira do banco BPI Teresa Gil Pinheiro é a que antecipa um crescimento inferior, estimando que "o PIB poderá registar uma variação em cadeia de 0,1% e homóloga de 0,9%".
Teresa Gil Pinheiro justifica esta estimativa com "o crescimento mais moderado das exportações", considerando que esse abrandamento "vai continuar a limitar o contributo da procura externa para o crescimento".
Por sua vez, o presidente da IMF -- Informação de Mercados Financeiros, Filipe Garcia, é ligeiramente mais optimista, esperando "um crescimento em cadeia entre os 0,2 e 0,3% coerente com um maior contributo da procura interna, nomeadamente no investimento em maquinaria e aquisição de veículos", uma estimativa semelhante à que o banco BBVA divulgou no final de Outubro.
Filipe Garcia refere ainda que, "no comércio externo, a subida das exportações deverá ser mais do que compensada pelo avanço das importações".
Já o economista chefe do banco Montepio, Rui Bernardes Serra, apresenta, num comentário feito à Lusa, estimativas mais favoráveis, antecipando um crescimento do PIB em cadeia de 0,4% no terceiro trimestre face ao segundo e um aumento homólogo de 1,2%.
"O crescimento do PIB em cadeia terá sido suportado, essencialmente, pelo consumo privado e pelo investimento em capital fixo, enquanto o contributo das exportações líquidas terá sido apenas marginalmente positivo, com o crescimento das importações de bens de consumo e de bens de investimento a compensar a quase totalidade do crescimento das exportações", afirma Rui Bernardes Serra.
O economista chefe do Montepio e a analista financeira do BPI prevêem um aumento de 0,9% do PIB para o total do ano, ligeiramente inferior ao crescimento económico de 1% que o Governo pretende para 2014.