O consumo privado continua a ser o principal motor da economia portuguesa, que no terceiro trimestre deste ano registou um crescimento de 0,2% em cadeia e de 1% em termos homólogos.

Na estimativa rápida libertada na manhã desta sexta-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE) assinala que o PIB cresceu 0,2% em termos reais entre Julho e Setembro, depois de no trimestre anterior ter registado uma variação de 0,3%. Este crescimento, em cadeia (face ao trimestre imediatamente anterior) é explicado sobretudo pelo aumento das despesas de consumo final das famílias residentes, adianta o instituto.

Em termos homólogos (em comparação com Julho a setembro de 2013), os números apontam para um avanço da economia na ordem dos 1% entre Julho e Setembro. Estes dados seguem-se a um crescimento de 0,9% no trimestre anterior e são igualmente motivados pela procura interna e, em particular, pelo contributo das despesas de consumo das famílias.

As estatísticas acabam por sair em linha com as previsões dos economistas, que, numa ronda realizada esta quinta-feira pela Lusa, diziam esperar que o crescimento se situasse entre os 0,1% e 0,4% no terceiro trimestre face ao segundo. A procura interna seria o principal motor a puxar pela economia.  

Os números surgem no mesmo dia em que da Europa também surgem sinais positivos. A economia alemã avançou 0,1% ente Julho e Setembro, escapando a uma recessão técnica, e a francesa avançou 0,3%, depois de ter estado os três meses anteriores estagnada.

As previsões para o crescimento português no conjunto do ano foram recentemente revistas em baixa pela Comissão Europeia. Nas suas Previsões de Outono, Bruxelas diz esperar que Portugal avance 0,9% este ano, ligeiramente abaixo dos 1% antecipados pelo Governo na proposta de Orçamento do Estado para 2015.