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BBVA mantém previsão de crescimento da economia portuguesa de 1,5% em 2015

O departamento de "research" do banco espanhol manteve a sua previsão de crescimento da economia portuguesa em 1,5%, igual à do Governo. Diz que meta do défice pode ser cumprida neste ano e no próximo.

18 de Novembro de 2014 às 16:14
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"Prevemos um crescimento do PIB de 1,5% em 2015, mas os riscos estão enviesados no sentido descendente e associados ao desempenho da Zona Euro", escreve o BBVA Research numa nota sobre a economia portuguesa divulgada nesta terça-feira, 18 de Novembro.

 

"A melhoria do mercado laboral, a confiança das famílias e a baixa inflação deverão impulsionar a gradual recuperação do consumo privado", que, nos cálculos do BBVA deverá crescer 1,3% em 2015 (abaixo dos 1,6% previstos para este ano). Já o investimento deverá crescer cerca de 1,3% em 2014 (após cinco anos consecutivos de fortes quedas) e acelerar até 2,8% em 2015, em resultado de um "forte aumento do investimento em máquinas e bens de equipamento, embora ainda persista a forte correcção do investimento destinado ao sector da construção".

 

A melhoria da procura interna, por seu turno, está a gerar "um forte aumento das importações" (5,5% em 2014 e 4,6% previsto em 2015), mas as vendas ao exterior devem acelerar (4% em 2014 e 5,7% em 2015) pelo que as exportações líquidas deverão passar a ter "contribuição ligeiramente positiva" para o crescimento em 2015.

 

O único componente que continuará a contrair-se, será o consumo público, condicionado pelas restrições orçamentais (-0,5% e -0,8% em 2014 e 2015, respectivamente, nas previsões dos economista do banco).

 

Com base nestes pressupostos,  o BBVA Research estima que a economia crescerá 0,9% em 2014 e que acelerar "até 1,5%" em 2015. "Existem, no entanto, riscos no sentido descendente para esta previsão, associados essencialmente às expectativas atuais de menor crescimento esperado para o conjunto da Zona Euro, do qual permanece largamente dependente o sector exportador português e cuja evolução também é determinante para sustentar a recuperação do investimento", advertem os economistas.

 

Em relação à execução orçamental, o BBVA prevê que o défice neste ano possa ficar em linha com os 4% prometidos, o que pressupõe uma correcção do défice estrutural de 0,6 pontos percentuais. No que diz respeito a 2015, o BBVA não apresenta números mas diz que as suas previsões "estão mais de acordo com as do Governo", que prevê 2,7%, assumindo que a economia portuguesa "mantenha o processo de recuperação e que o Governo leve a cabo todas as medidas propostas no Orçamento de 2015".

 

Já Comissão Europeia e o Fundo Monetário Internacional apresentam previsões mais pessimistas para o crescimento (1,3% e 1,2%, respectivamente) estimando ambos défices também mais elevados (3,4% e 3,3%), o que impossibilitaria a saída de Portugal do Procedimento por Défices Excessivos, após seis anos com défices superiores a 3%. O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho diz que faz "ponto de honra" em livrar o país desse procedimento, que sujeita os Governos a controlos mais apertados das instituições europeias.

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