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Custos do trabalho crescem 0,5% entre Julho e Setembro

Indemnizações de rescisões por mútuo acordo no Estado serão uma das causas principais para o aumento deste indicador. No sector privado, os custos de trabalho recuaram 1,6% em termos homólogos.

Miguel Baltazar
Negócios 14 de Novembro de 2014 às 12:20
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Os custos do trabalho em Portugal registaram um aumento de 0,5% entre Julho e Setembro, quando comparados com o mesmo período de 2013. Na origem desta evolução estão, não os custos salariais propriamente ditos, mas o dinheiro desembolsado pelas empresas com outros encargos, como é o caso das indemnizações por despedimento.

 

A informação consta de um destaque do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgado esta sexta-feira sobre o comportamento do índice de custo do trabalho (ICT) no terceiro trimestre do ano. Este índice resulta de um rácio entre os custos do trabalho e as horas trabalhadas, ajustadas aos dias úteis do mês, e por custos trabalhados entendem-se dois tipos de despesa: os custos salariais (salário base, prémios, horas extra) e os outros custos (como indemnizações por despedimentos, contribuições para a Segurança Social e seguros).

 

Ora segundo o INE, os custos salariais diminuíram 1,9% e os outros custos subiram 8,4% e é da conjugação destes dois que resulta um aumento do índice de custos do trabalho em 0,5% em termos homólogos.

 

Em termos sectoriais, o aumento ficou a dever-se ao comportamento do Estado. No sector privado da economia o ICT baixou 1,6% quando comparado com o mesmo trimestre de 2013, mas, no conjunto de actividades desenvolvidas maioritariamente pelo sector público, os custos do trabalho avançaram 3,2%.

 

Este avanço está relacionado, não com os custos salariais (que se contraíram 2,6%) mas com os outros custos (mais 19,5%), que o INE atribui ao pagamento de indemnizações e rescisões por mútuo acordo.

  

Entre os privados, a redução do indicador foi mais intensa na construção (-6%), seguida pelos serviços (-1,5%) e pela indústria (-0,2%). 

 

 

 

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