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Inflação na OCDE abranda para 5,7% em junho. Há ainda cinco países com taxa acima de 10%

Este é o oitavo abrandamento consecutivo dos preços na OCDE. Variação homóloga da inflação é já mais baixa desde outubro de 2021. Desaceleração verificou-se em todos os 38 países da OCDE, com exceção da Alemanha e Japão.

DR
03 de Agosto de 2023 às 12:27
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A taxa de inflação entre os 38 países que fazem parte da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) abrandou para 5,7% em junho. Esta é a oitava desaceleração consecutiva dos preços na OCDE, que estão agora a registar a variação homóloga mais baixa desde outubro de 2021.

Os dados revelam que a tendência de abrandamento na subida dos preços verificou-se em todos os 38 países da OCDE, com exceção da Alemanha e Japão que tiveram uma nova aceleração da inflação no sexto mês do ano. Em comparação com o mês anterior, a taxa de inflação na OCDE aliviou 0,8 pontos percentuais em junho.

A OCDE dá conta de que o número de países que tiveram ainda uma taxa de inflação acima dos dois dígitos caiu de nove para cinco em junho. Com uma taxa ainda acima de 10%, aparecem a Turquia (38,2%), Hungria (20,1%), Colômbia (12,1%), Polónia (11,5%) e República Checa (10,9%).

Já a inflação subjacente, que exclui os produtos energéticos e alimentares, abrandou também na OCDE, de 6,9% para 6,6%. Essa desaceleração menos pronunciada da chamada "inflação crítica" revela que a subida de preços contagiou-se entre as componentes menos sujeitas a variações de preços e, com a inflação a ganhar "raízes" na economia, o processo de desinflação será mais demorado.

O índice relativo à energia na OCDE manteve uma trajetória de queda dem junho. Depois de ter entrado já em terreno negativo (o que significa que os preços da energia já estão mais baixos do que há um ano na OCDE), a variação homóloga do índice relativo à energia afundou de -5,2% para -9,6% em junho. Esse índice foi negativo em 27 países da OCDE, embora permaneça acima de 10% na Hungria, Colômbia e República Checa.

Por outro lado, o índice relativo aos alimentos da OCDE voltou a desacelerar, passando de 10,9% para 10,1% em junho. Em 26 países da OCDE, a inflação nos alimentos mantém-se acima dos 10%, com destaque para a Turquia (53,9%), Hungria (29,3%) e República Checa (18,9%).

Produtos menos voláteis pressionam G7

Considerando apenas os sete países que fazem parte do G7 (grupo dos países mais industrializados do mundo), a variação homóloga da inflação foi de 3,9% em junho, o que compara com os 4,6% registados em maio. "Os produtos não alimentares e não energéticos deram os principais contributos para a inflação geral em todos os países do G7 em junho", sinaliza a OCDE.

Na Zona Euro, a inflação medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) abrandou para 5,5% em junho, o que compara com 6,1% em maio. Os índices relativos à energia e alimentos continuam a desacelerar, enquanto a inflação subjacente aumentou ligeiramente. A estimativa rápida do Eurostat para julho aponta para um novo alívio nos preços na Zona Euro, para 5,3%.

No G20, a inflação abrandou de 5,9% para 5,5% em junho. Na China, a inflação baixou para zero, o que corresponde ao "nível mais baixo desde fevereiro de 2021". A taxa de inflação abrandou também na África do Sul, Brasil e Indonésia, mas acelerou na Argentina e Índia. Já na Arábia Saudita manteve-se estável.
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