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Inflação na OCDE abranda para o valor mais baixo desde dezembro de 2021

Taxa de inflação na OCDE abrandou para 6,5% em maio, sendo este o sétimo mês consecutivo de alívio. Inflação desacelerou em 35 dos 38 países da OCDE. Inflação subjacente superou a geral pela primeira vez em mais de dois anos.

O consumo privado e o investimento das empresas abrandaram no final do ano, penalizados pela subida de preços e das taxas de juro.
Darren Staples/Reuters
04 de Julho de 2023 às 11:11
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A inflação entre os 38 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) abrandou "acentuadamente" em maio. Os dados divulgados esta terça-feira indicam que a taxa de inflação na OCDE aliviou de 7,4% para 6,5% em maio, o que corresponde ao valor mais baixo desde dezembro de 2021. 

Este é já o sétimo mês consecutivo em que a taxa de inflação na OCDE alivia, depois de ter atingido um máximo de 10,7% em outubro. Em abril, a inflação tinha desacelerado 0,3 pontos percentuais e agora, em maio, essa desaceleração aconteceu a um ritmo mais rápido, com um abrandamento de 0,9 pontos percentuais face ao mês anterior.

"Entre abril e maio, a inflação desacelerou em todos os países da OCDE, exceto nos Países Baixos, Noruega e Reino Unido", revela a OCDE. Ainda assim, na Hungria e Turquia, a taxa de inflação em maio manteve-se acima da fasquia dos 20%, ao passo que a Costa Rica, Grécia e Dinamarca registaram já taxas inferiores a 3% em maio.

A inflação subjacente, que exclui os produtos que estão mais sujeitos a variações de preços (energia e alimentos), também abrandou na OCDE em maio. Porém, o ritmo dessa desaceleração foi mais lento do que na inflação geral, o que significa que a inflação está mais "enraizada" nas economias da OCDE.

Em maio, a inflação subjacente entre os 38 países da OCDE moderou de 7,1% em abril, para 6,9% em maio (menos 0,2 pontos percentuais). Analisando a evolução da chamada "inflação crítica", verifica-se que esta é a primeira vez desde fevereiro de 2021 em que a inflação subjacente supera a inflação geral.

O índice relativo aos produtos energéticos mostra que, em maio, o preço da energia na OCDE entrou em terreno negativo, ao passar de uma variação homóloga de 0,7% em abril para -5,1% em maio. Esse índice foi negativo em 16 países da OCDE, mas manteve-se acima dos 10% na Letónia, Itália, República Checa, Colômbia e Hungria.

A inflação nos alimentos também desacelerou para 11% em maio, o que compara com os 12,1% registados em abril. Com um ritmo de abrandamento mais lento, o índice de preços relativo aos serviços, abrandou de 6% para 5,7% em maio, tendo-se verificado um alívio em 13 dos 38 países da OCDE.

Entre as sete economias mais industrializadas do mundo (G7), a inflação aliviou de 5,4% em abril, para 4,6% em maio, atingindo o nível mais baixo desde setembro de 2021. As taxas de inflação mais baixas no G7 foram registadas no Japão e Canadá, ambos com uma taxa abaixo de 3,5%. Já o Reino Unido foi o único país do G7 que viu a inflação acelerar.

Na Zona Euro, o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) aliviou para 6,1% em maio, o que compara com os 7% contabilizados em abril. Fora da OCDE, a inflação travou no Brasil, Índia, Indonésia e África do Sul, enquanto acelerou na Argentina. Na China e Arábia Saudita, a inflação manteve-se estável.
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