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FMI confirma Portugal a crescer menos do que a Zona Euro

O FMI espera que a economia portuguesa cresça 1,4% este ano, abaixo da previsão para a Zona Euro e menos 0,8 pontos percentuais do que a expectativa do Governo.

Miguel Baltazar
12 de Abril de 2016 às 14:00
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Segundo as previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI), Portugal deverá crescer apenas 1,4% este ano. Um valor que já estava inscrito no último documento de avaliação de Portugal, realizado pelos técnicos de Washington, e que fica aquém das estimativas para a totalidade da Zona Euro, cujo PIB deverá avançar 1,5% em 2016.

 

Poucos países da moeda única vão crescer menos do que Portugal este ano. Itália, França, Bélgica, Áustria e Finlândia são os únicos. A previsão do FMI fica também aquém da expectativa do Governo português para este ano, que inscreveu no Orçamento do Estado uma estimativa de crescimento de 1,8%.

 

O FMI está mais pessimista para 2016 e para 2017. Em vez de acelerar, o Fundo vê a economia portuguesa a perder ímpeto no próximo ano, avançando apenas 1,3% (enquanto a Zona Euro deverá ter uma ligeira aceleração para 1,6%). No Orçamento do Estado para 2016 não há valores de crescimento para 2017, mas o cenário macroeconómico dos peritos do PS apontava para uma forte aceleração para 3,1%.

 

Por trás do maior pessimismo do FMI para a actividade económica está a procura interna. O FMI espera menos consumo e menos investimento. As previsões do Fundo para o consumo das famílias apontam para uma variação de 1,4%, muito longe do que está inscrito no Orçamento do Estado (2,4%) e uma desaceleração significativa face aos 2,6% do ano passado. O Banco de Portugal tem uma estimativa intermédia: 1,8%.

 

"Como a recuperação impulsionada pelo consumo está a perder o seu ímpeto, porém, o PIB deve crescer apenas 1,4% neste ano e moderar-se, recuando para 1,2% no médio prazo", podia ler-se no relatório da terceira avaliação pós-programa, publicada pelo FMI no início deste mês.

 

Quanto ao investimento – Formação Bruta de Capital Fixo – é o FMI que faz a ponte entre o optimismo do Governo e o pessimismo do Banco de Portugal. O Fundo espera que avance 3%, a meio caminho entre os 0,7% do BdP e os 4,9% do Executivo de António Costa.

 

No que diz respeito ao mercado de trabalho, o FMI está mais optimista do que na sua última avaliação, divulgada em Agosto, prevendo uma taxa de desemprego de 11,6% este ano (a anterior estimativa era 12,9%). Ainda assim, esse valor não é tão ambicioso como os 11,3% do OE 2016. Por outro lado, o Fundo está mais optimista do que o Governo para a evolução do emprego (1% vs. 0,8%).

 

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