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BPI baixa previsão para o PIB este ano e espera aceleração em 2015

A estimativa de crescimento para 2015 foi mantida em 1,5%, com o BPI a antecipar uma aceleração das exportações e a continuação do crescimento do consumo privado, num contexto de baixa inflação e menor aperto dos impostos.

Sara Matos/Negócios
01 de Dezembro de 2014 às 12:44
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O BPI reduziu ligeiramente a sua previsão de crescimento para a economia portuguesa este ano e manteve a estimativa para 2015. Em 2014 o PIB deverá crescer 0,9% (a anterior previsão apontava para 1%) e no próximo ano deverá acelerar para 1,5%.

 

As novas estimativas foram publicadas num estudo divulgado depois do INE ter revelado que, no terceiro trimestre, o PIB cresceu 1,1% em termos homólogos e 0,3% face aos três meses anteriores.

 

Para a economista Paula Carvalho, são várias as "boas notícias" que se podem retirar dos números conhecidos na sexta-feira, embora a recuperação permaneça "frágil" e continuem a surgir riscos pela frente.

 

"As dinâmicas da procura interna foram surpreendentemente positivas, o que representa um desenvolvimento positivo, pois diz-nos que a recuperação dos níveis de confiança dos empresários e dos consumidores está a começar a alimentar a recuperação económica", refere Paula Carvalho, numa nota a que o Negócios teve acesso.

 

Lembrando que o consumo privado foi influenciado pelas reposições de salários dos funcionários públicos durante o Verão, a economista do BPI salienta que este movimento acontece numa altura em que os níveis de poupança continuam elevados e que o consumo não está a ser financiado por crédito.

 

Para o BPI, as notícias mais favoráveis estão no investimento, já que as compras de maquinaria e equipamento aumentaram 15,2% e equipamento de transporte subiram 28,5%.

 

Quanto à previsão para este ano, o BPI cita "alguns sinais de enfraquecimento", sobretudo nos indicadores referentes aos primeiros meses de 2014. Contudo, para 2015 o BPI mantém a expectativa de que o PIB irá crescer 1,5%.

 

"No próximo ano o crescimento deverá ser impulsionado por uma melhor contribuição da procura externa, com as exportações a acelerarem ligeiramente, reflectindo a continuada diversificação da produção, com um maior foco do sector dos bens transaccionáveis", refere o BPI. Também a procura interna deverá continuar a dar um contributo positivo, devido ao reduzido valor da inflação e menor aperto ao nível fiscal.

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