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Autarquia entrega ao BPI venda de acções da SAD do SC Braga

As 200 mil acções detidas pelo município têm data de início de venda a 31 de Outubro, com validade de 30 dias e valor mínimo unitário de um euro.

A 22 de Maio, Marcelo Rebelo de Sousa entregou o troféu da Taça de Portugal ao "seu" SC Braga, que derrotou o FC Porto na final disputada no estádio do Jamor.
24 de Outubro de 2016 às 15:35
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A Câmara Municipal de Braga já deu ordem ao BPI, a instituição bancária "onde se encontram depositadas as participações", para proceder à venda em bolsa das acções detidas pelo município na SC Braga - Futebol SAD.

Detentora de uma participação que representa 17,14% do capital social, a autarquia liderada por Ricardo Rio (PSD) informou esta segunda-feira, 24 de Outubro, que "a data de início da venda das participações é a 31 de Outubro, com um período de validade de 30 dias e com o valor mínimo de venda por acção fixado em um euro".

A ordem de venda destas 200 mil acções, que tiveram um preço de aquisição de um milhão de euros, ocorre depois da deliberação da Assembleia Municipal de Braga na reunião de 7 de Outubro. Esta saída da SAD do clube de futebol bracarense deve gerar perdas de 800 mil euros para os cofres municipais, pois cada acção tinha sido comprada por cinco euros ainda na gestão do socialista Mesquita Machado.

De acordo com as últimas informações disponíveis, a Câmara é a terceira maior accionista da SAD liderada por António Salvador, a seguir à Olivedesportos (19%) e ao próprio clube (36%). As acções negoceiam em bolsa a 0,80 euros cada uma (foram transaccionadas pela última vez a 14 de Setembro), acumulando uma queda de 20% em 2016.

Mão fora do andebol
Como o Negócios noticiou a 19 de Setembro, a autarquia minhota decidiu também avançar para a alienação integral da participação social que detém na sociedade anónima desportiva do ABC Andebol, estando previsto que a operação seja feita por oferta pública de venda.

Na SAD do actual campeão nacional de andebol, o município detém 40% do capital, num total de 20 mil acções, que foram compradas por 500 mil euros. A autarquia reitera que "as entidades desportivas devem pautar-se por critérios de interesse público, de base institucional, que não se compadece com a detenção de participações sociais".

Em declarações à Lusa, aquando dessa decisão, Ricardo Rio sustentou que, além da estratégia, esta decisão teve também uma dimensão legal. "A legal veio acelerar o processo na medida em que, a partir do momento em que se alterou a lei das participações dos municípios em empresas e instituições, estávamos confrontados com a necessidade de ajustar estatutariamente aquelas empresas ou partir para o processo de alienação, obrigação que só estamos a cumprir agora", explicou.

Recorde-se que em Abril deste ano, o Tribunal de Contas deu "luz verde" à doação ao SC Braga de mais de dez hectares de terrenos localizados na zona envolvente ao estádio municipal, onde está a ser construída a academia de futebol do clube. O vereador do Urbanismo, Miguel Bandeira, calculou ao Negócios que esses terrenos estão avaliados em 2,5 milhões de euros.

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