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IQE afunda quase 40% "vítima" de guerra dos EUA à Huawei

A integração da Huawei na lista negra dos Estados Unidos tem afetado as empresas do setor tecnológico. Agora foi a britânica IQE a rever os lucros em baixa na sequência do conflito e a deslizar na bolsa.

21 de Junho de 2019 às 12:11
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A fabricante de semicondutores IQE afundou quase 40% em bolsa depois de ter anunciado que iria falhar as previsões de lucro para 2019, como consequência do abalo maior do que o esperado que as sanções norte-americanas à Huawei causaram na produção da gigante chinesa.

A empresa britânica aponta para receitas anuais de 140 a 160 milhões de libras, números que comparam com os 175 milhões estimados pelos analistas.

A IQE segue a perder perto de 30% em bolsa, depois de já ter caído 39,51% para as 43,34 libras. Esta é a maior queda registada pela IQE desde 2002, e faz a cotada recuar a mínimos de fevereiro de 2017.

A empresa diz-se afetada pela decisão dos Estados Unidos de integrar a Huawei na lista negra do comércio, alegando problemas de segurança nacional. O CEO da Huawei, Ren Zhengfei, ainda esta semana admitiu estar à espera de uma quebra de 30.000 milhões de dólares (ou 26,7 milhões de euros) nos lucros deste ano.

Esta não é a primeira empresa do setor a acusar a pressão das tensões comerciais: a fabricante de chips Broadcom avançou que as mesmas condicionantes impostas pelos Estados Unidos à China e em particular à Huawei teriam um impacto de cerca de 2 mil milhões nas vendas da empresa no ano passado.

Esta sexta-feira, entre as 600 maiores cotadas europeias que constituem o índice Stoxx600, as pertencentes ao setor tecnológico registam uma quebra conjunta de 0,60%. Entre os piores desempenhos do índice estão nomes de empresas do setor como a Simcorp (que perde 1,40%), STMicroelectronics (menos 1,58%) e Siltronic (menos 1,65%).

"Enquanto no médio a longo prazo os impulsionadores do crescimento estrutural mantêm-se inalterados, as cadeias de valor de semicondutores a nível global terão agora de repensar a sua estrutura para este novo mundo", lê-se numa nota de investimento da Peel Hunt, citada pela Bloomberg. 

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