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EUA vão emitir licenças para empresas americanas venderem produtos à Huawei

Wilbur Ross, secretário do Comércio dos EUA, disse na terça-feira que Washington vai emitir licenças para empresas norte-americanas venderem os seus produtos a fabricantes chinesas, incluindo a Huawei. Esclareceu, porém, que a empresa não vai ser retirada da chamada lista negra.

Reuters
10 de Julho de 2019 às 09:52
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A administração de Donald Trump anunciou na terça-feira um alívio das restrições aplicadas às empresas norte-americanas na venda de produtos a fabricantes chinesas, como é o caso da Huawei, cumprindo o que foi prometido pelo presidente na cimeira do G-20. Para o executivo, os limites vão ser impostos apenas a produtos que não ponham em causa a segurança nacional.

 

De acordo com o Financial Times, Wilbur Ross, secretário do Comércio dos EUA, disse na terça-feira que Washington vai emitir licenças para empresas norte-americanas venderem os seus produtos a fabricantes chinesas sob determinadas condições.

 

Esta decisão é uma vitória para as tecnológicas que têm batalhado para continuar a vender produtos à Huawei. E segue-se a uma trégua na guerra comercial entre os EUA e a China anunciada por Donald Trump na cimeira do G-20, no mês passado.

 

Para se implementar a diretiva anunciada por Trump na cimeira, o Departamento do Comércio dos EUA "vai emitir licenças [para a venda de produtos] que não representem uma ameaça à segurança nacional" do país, afirmou Wilbur Ross. 

 

Mas isto não significa que a Huawei vai ser retirada da "lista negra", garantiu o secretário do Comércio. Foi em maio que Trump declarou "estado de emergência", impedindo a fabricante chinesa de adquirir produtos a empresas norte-americanas. Foi também nessa altura que o presidente norte-americano disse que as empresas teriam de se candidatar às licenças especiais.

As restrições aplicadas à Huawei levaram a empresa a prever quebras entre 40% e 60% nas encomendas internacionais dos seus smartphones, segundo avançou a Bloomberg no mês passado. Em volume, as vendas a nível internacional significam uma quebra entre 40 a 60 milhões de unidades.

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