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Abertura dos mercados: Trump põe Huawei na "lista negra" e deixa bolsas às escuras

As principais bolsas europeias negoceiam no vermelho - sendo o PSI-20 a principal exceção - penalizadas pelo reacendimento da tensão entre os EUA e a China depois de Trump ter colocado a Huawei na "lista negra". Petróleo sobe com agravamento do conflito no Iémen.

Bloomberg
16 de Maio de 2019 às 09:22
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Os mercados em números

PSI-20 sobe 0,28% para 5.145,81 pontos

Stoxx 600 cai 0,25% para 377,13 pontos

Nikkei desvalorizou 0,59% para 21.062,98 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos recuam 2,7 pontos base para 1,0888%

Euro cresce 0,05% para 1,1207 dólares

Petróleo em Londres soma 0,45% para 72,09 dólares

Bolsas europeias tombam com agravamento da tensão EUA-China

A generalidade das principais bolsas europeias arrancou a sessão desta quinta-feira, 16 de maio, a transacionar em terreno negativo, com o índice de referência europeu Stoxx600 a perder 0,25% para 377,13 pontos, isto após dois dias seguidos a valorizar e com o setor automóvel a registar a queda mais expressiva.

 

A principal exceção é protagonizada pelo índice lisboeta PSI-20 que abriu a ganhar 0,28% para 5.145,81 pontos, sendo a valorização da EDP a que mais contribuiu para que a bolsa nacional negoceie em contraciclo com as congéneres do Velho Continente.

 

Tal como nas últimas semanas é novamente a disputa comercial em curso entre os Estados Unidos e a China que está a determinar o rumo das bolsas. O agravamento da tensão sino-americana regressou com o decreto presidencial assinado por Donald Trump que coloca a Huawei na lista negra dos Estados Unidos.

 

Se a decisão do presidente americano entrar em vigor, as empresas norte-americanas deixam de poder utilizar equipamentos da gigante chinesa e a Huawei fica impedida de adquirir tecnologia a companhias americanas. As negociações tendo em vista um acordo que equilibre a relação comercial entre as duas maiores economias do mundo prosseguem.

 

Euro valoriza com (outra) decisão de Trump

A moeda única europeia valoriza contra o dólar pela primeira vez em três sessões. O euro aprecia ligeiros 0,05% para 1,1207 dólares, enquanto a divisa norte-americana recua face às principais moedas mundiais.

 

A contribuir para a subida do euro está o facto de Donald Trump ter decidido suspender por um período de seis meses a entrada em vigor das taxas aduaneiras agravadas a incidir sobre a importação de automóveis e componentes para o setor automóvel.

 

Juros de Portugal caem pelo terceiro dia

As taxas de juro referentes à dívida pública na área do euro seguem em queda generalizada, estando a taxa de juro associada às obrigações portuguesas a recuar 2,7 pontos base para 1,0888%, o que representa o terceiro dia consecutivo de alívio para a dívida lusa transacionada no mercado secundário.

 

Também as taxas de juro correspondentes aos títulos soberanos de Itália (-2,8 pontos base para 2,716%) e da Alemanha (-2 pontos base para -0,121%) estão a aliviar.

 

A Bloomberg destaca que estas quedas se devem sobretudo à deterioração do ambiente negocial entre Washington e Pequim e à expectativa crescente de que a Reserva Federal dos Estados Unidos decrete um corte na taxa de juro de referência na segunda metade de 2019.

 

Uma convicção que ganhou força depois de o líder da Fed de Richmond, Thomas Barkin, ter revelado que apesar de ser favorável, por agora, à manutenção dos juros está apreensivo com a quebra dos níveis de confiança das empresas americanas.

 

Tensão no Médio Oriente impulsiona crude

O preço do petróleo está a valorizar nos mercados internacionais, com o Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e utilizado como valor de referência para as importações nacionais, a avançar 0,45% para 72,09 dólares por barril e o West Texas Intermediate (WTI, transacionado em Nova Iorque) a subir 0,56% para 62,37 dólares.

 

A matéria-prima valoriza pelo terceiro dia consecutivo numa fase em que cresce a tensão no Médio Oriente, em particular depois de a coligação sunita liderada pela Arábia Saudita ter realizado uma série de ataques aéreos contra Sana, capital do Iémen, cidade controlada pelos houthis (movimento rebelde apoiado pelo regime iraniano que controla a capital iemenita).

A coligação liderada por Riade respondeu assim aos ataques com drones levados a cabo pelos houthis contra campos petrolíferos sauditas. O recrudescer do conflito por procuração entre o Irão e a Arábia Saudita está a motivar preocupação nos mercados quanto a um eventual impacto na oferta da matéria-prima.

 

Ouro inverte e segue a valorizar

Depois de duas sessões consecutivas a perder valor, o metal precioso está hoje a valorizar 0,11% para 1.297,86 dólares por onça. O ouro volta assim a beneficiar da desvalorização do dólar ao ver reforçado o valor enquanto ativo de refúgio, em especial numa altura em que persistem receios quanto a uma espiral protecionista decorrente da disputa entre os EUA e a China.

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