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Tensões comerciais, juros e Broadcom fragilizam Wall Street
As bolsas do outro lado do Atlântico abriram em baixa, numa altura em que melhores dados económicos sugerem que a Fed poderá não ver necessidade de cortar já os juros. Também as fricções comerciais EUA-China e as previsões de menores vendas da Broadcom estão a pressionar.
O Dow Jones segue a ceder 0,29% para 26.032,14 pontos e o Standard & Poor’s 500 recua 0,22% para 2.885,38 pontos.
Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite perde 0,42% para 7.804,09 pontos.
As vendas a retalho em maio nos Estados Unidos aumentaram mais do que se esperava, e também os números dos dois meses anteriores foram revistos em alta, o que mostra que o consumo está suficientemente saudável para talvez não ser preciso cortar os juros diretores – pelo menos não para já. Ainda assim, as "odds" continuam altas quanto à expectativa de uma redução de 25 pontos base da taxa de juro na próxima semana.
A penalizar está também a Broadcom, que reviu em baixa as suas estimativas para as vendas anuais, justificando com os receios em torno da guerra comercial.
As fricções comerciais entre Washington e Pequim continuam assim a ser um dos fatores de pressão nas bolsas, bem como as tensões geopolíticas que se intensificam no Médio Oriente.
Recorde-se que o presidente norte-americano, Donald Trump, declarou na quarta-feira que serão aplicadas tarifas adicionais aos produtos chineses se não se reunir com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, durante o G-20 que se realiza a 28 e 29 de junho em Osaka (Japão). Trump ameaçou que, nesse caso, irá aumentar as tarifas aduaneiras de imediato, sugerindo que as taxas podem ir além dos 25%.