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Para se atingir a sustentabilidade, o mundo deve basear-se nas lições da natureza e passar de uma lógica linear para uma organização circular. "A palavra desperdício não existe na natureza, tudo faz parte de um sistema vivo", referiu Goran Carstedt, conselheiro do ex-Presidente norte-americano Bill Clinton para Assuntos do Clima, na conferência dedicada ao ambiente do Ciclo de Conferências ESG do Negócios Sustentabilidade 20|30, que decorreu a 20 de outubro, na Estufa Real, em Lisboa. Porém, acrescentou o keynote speaker, "o mundo que criámos é linear, baseado na extração, produção e desperdício, portanto, temos de passar do pensamento linear para o pensamento circular". Dentro desta nova lógica, referiu que as organizações deverão deixar de trabalhar como máquinas e começar a trabalhar mais como comunidades vivas. "Temos de aprender mais com as metáforas das comunidades do que com as metáforas das máquinas", sublinhou.
Esta aprendizagem deve ser assumida e aplicada por todos na sociedade, para se conseguir travar a tendência decadente a nível ambiental e social que a Agenda 2030 das Nações Unidas pretende inverter. "O desafio da sustentabilidade não é opcional, é algo que todos temos de abraçar, porque países, cidades ou empresas que não virem isto serão deixados para trás", destacou Carstedt.
Mas para esta transformação ambiental, social e de governação (ESG, sigla em inglês) acontecer, é necessária liderança em todos os níveis, nomeadamente, política e empresarial, mas também ao nível dos cidadãos nos seus diversos papéis, seja como pais, consumidores, etc. "A liderança é muito mais vasta do que aquilo que pensamos", referiu Carstedt, pondo ênfase na partilha de bons exemplos como motor para a influência e liderança. O desafio está em "criar energia humana" que motive para a mudança, sendo que "quando se chama as pessoas para algo com significado é aí que esta energia começa a crescer". A nova lógica implica, assim, a participação de todos para que a transformação aconteça. "Temos de convidar as pessoas a cocriar algo com significado". "E o que pode ter mais significado do que convidar as pessoas para a transformação sustentável?", sublinhou.
Dirigindo-se particularmente ao segmento empresarial, o keynote speaker, que já liderou empresas como a Volvo ou a IKEA, acrescentou ainda que a sustentabilidade é um imperativo ético, mas é hoje sobretudo uma decisão de negócio, pelo que as empresas "devem mostrar que estão do lado das soluções" e inovar neste processo em colaboração.
Por fim, apesar de todas as complexidades inerentes à transformação sustentável, citando Martin Luther King, Goran Carstedt assinalou que é preciso concentrarmo-nos no sonho da mudança e não no pesadelo que pode ser implementá-lo.
Esta aprendizagem deve ser assumida e aplicada por todos na sociedade, para se conseguir travar a tendência decadente a nível ambiental e social que a Agenda 2030 das Nações Unidas pretende inverter. "O desafio da sustentabilidade não é opcional, é algo que todos temos de abraçar, porque países, cidades ou empresas que não virem isto serão deixados para trás", destacou Carstedt.
Mas para esta transformação ambiental, social e de governação (ESG, sigla em inglês) acontecer, é necessária liderança em todos os níveis, nomeadamente, política e empresarial, mas também ao nível dos cidadãos nos seus diversos papéis, seja como pais, consumidores, etc. "A liderança é muito mais vasta do que aquilo que pensamos", referiu Carstedt, pondo ênfase na partilha de bons exemplos como motor para a influência e liderança. O desafio está em "criar energia humana" que motive para a mudança, sendo que "quando se chama as pessoas para algo com significado é aí que esta energia começa a crescer". A nova lógica implica, assim, a participação de todos para que a transformação aconteça. "Temos de convidar as pessoas a cocriar algo com significado". "E o que pode ter mais significado do que convidar as pessoas para a transformação sustentável?", sublinhou.
Dirigindo-se particularmente ao segmento empresarial, o keynote speaker, que já liderou empresas como a Volvo ou a IKEA, acrescentou ainda que a sustentabilidade é um imperativo ético, mas é hoje sobretudo uma decisão de negócio, pelo que as empresas "devem mostrar que estão do lado das soluções" e inovar neste processo em colaboração.
Há coisas na vida que precisam de tempo. Aprender leva tempo, criar confiança entre as pessoas leva tempo, ver novas abordagens leva tempo. Assim, por um lado, temos o sentido de urgência, mas também temos de perceber que há processos que precisam de tempo para acontecerem. Goran Carstedt
conselheiro do ex-Presidente norte-americano Bill Clinton para Assuntos do Clima
Circularidade, liderança, partilha e inovação são assim as palavras-chave necessárias para o mundo conseguir proceder à transformação sustentável. O problema está, porém, na corrida contra o tempo que a humanidade está a levar a cabo, na medida em que tudo é sempre muito complexo de mudar. "Temos um problema institucional", referindo-se à complexidade com que vivemos hoje em dia. Porém, salientou que a nossa visão mecanicista nos leva a ver as organizações como máquinas em que basta carregar num botão para mudarem. Mas não é assim que funciona. "Há coisas na vida que precisam de tempo. Aprender leva tempo, criar confiança entre as pessoas leva tempo, ver novas abordagens leva tempo. Assim, por um lado, temos o sentido de urgência, mas também temos de perceber que há processos que precisam de tempo para acontecerem", referiu.conselheiro do ex-Presidente norte-americano Bill Clinton para Assuntos do Clima
Por fim, apesar de todas as complexidades inerentes à transformação sustentável, citando Martin Luther King, Goran Carstedt assinalou que é preciso concentrarmo-nos no sonho da mudança e não no pesadelo que pode ser implementá-lo.