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A mobilidade é o que faz mover as sociedades e está a sofrer uma profunda alteração, não só pela necessidade de descarbonização dos transportes, mas também pelos novos hábitos que estão a cimentar-se junto dos consumidores. "O veículo é fundamental na mobilidade que temos, mas a mobilidade terá que ser diferente", referiu Hélder Pedro, secretário-geral da Associação Automóvel de Portugal (ACAP), na conferência dedicada ao ambiente do Ciclo de Conferências ESG do Negócios Sustentabilidade 20|30, que decorreu a 20 de outubro, na Estufa Real, em Lisboa. O keynote speaker do painel "Mobilidade em Revolução" acrescentou que o automóvel continuará a ser um bem essencial, "mas a mobilidade no futuro terá de ser mais sustentável, inteligente, segura e certamente partilhada", destacando a crescente conectividade e transmissão de dados na mobilidade e a procura por soluções partilhadas e de "mobility as a service".
Mas a urgência está na descarbonização, para cumprir as metas de redução de 55% das emissões de gases de feito de estufa (GEE) da União Europeia até 2030. "O setor automóvel tem sido um dos setores chave para cumprir os objetivos de redução das emissões de GEE da União Europeia. No entanto, para responder a este desafio, é necessária uma transição rápida para uma mobilidade mais sustentável. O setor precisa de renovar o parque automóvel que está em circulação atualmente", referiu o secretário-geral da ACAP. Hélder Pedro deu conta de que, em Portugal, 25% dos automóveis ligeiros em circulação têm uma idade superior a 20 anos e a idade média dos ligeiros de passageiros é de 13,7 anos.
Mas os incentivos ao abate têm também de vir acompanhados de incentivos à aquisição de veículos elétricos ou híbridos e do alargamento da rede de pontos de carregamento elétrico. Em Portugal, os carros elétricos representam 10% da venda de veículos novos, sendo também a média da União Europeia (UE). Porém, existem muitas assimetrias dentro da UE - com quatro países a concentrarem 72% de todas as vendas de carros elétricos na Europa -, pelo que "os governos dos diferentes estados-membros precisam de assegurar medidas inclusivas para permitir a todas as pessoas com diferentes níveis de rendimento a acessibilidade a este tipo de solução", sublinhou o keynote speaker. Assim, para não haver discriminação em função dos rendimentos para o acesso a esta nova tecnologia, "é necessário que não só que se regulamente a nível europeu, mas que os vários governos estabeleçam políticas de incentivo à compra deste tipo de viaturas", acrescentou.
O aumento destas soluções exercerá naturalmente pressão sobre as infraestruturas necessárias. Por isso, "para satisfazer essa exigência é necessário assegurar uma rede de carregamento dos veículos adequada e que abrange de forma igual todos os países da União Europeia", referiu Hélder Pedro. O número total das redes de carregamento disponível em toda a União Europeia "está longe ainda satisfazer as necessidades dos utilizadores". O secretário-geral referiu que a maioria dos países não fornece 10 pontos de carregamento a cada 100 quilómetros nas principais estradas, de acordo com os objetivos da UE. Portugal tem 41 pontos de carregamento por 100 quilómetros. "Existem na UE cerca de 307 mil pontos de carregamento quando para atingir as metas de redução de 55% de emissões em 2030 serão necessários, nessa altura, 7 milhões de pontos de carregamento nos 27 países da União Europeia. Isto dá para precisar até onde teremos de ir", destacou. Hélder Pedro frisou também a necessidade de alargar pontos de carregamento a hidrogénio, praticamente inexistentes na UE.
Mas a urgência está na descarbonização, para cumprir as metas de redução de 55% das emissões de gases de feito de estufa (GEE) da União Europeia até 2030. "O setor automóvel tem sido um dos setores chave para cumprir os objetivos de redução das emissões de GEE da União Europeia. No entanto, para responder a este desafio, é necessária uma transição rápida para uma mobilidade mais sustentável. O setor precisa de renovar o parque automóvel que está em circulação atualmente", referiu o secretário-geral da ACAP. Hélder Pedro deu conta de que, em Portugal, 25% dos automóveis ligeiros em circulação têm uma idade superior a 20 anos e a idade média dos ligeiros de passageiros é de 13,7 anos.
Existem na UE cerca de 307 mil pontos de carregamento quando para atingir as metas de redução de 55% de emissões em 2030 serão necessários, nessa altura, 7 milhões de pontos de carregamento nos 27 países da União Europeia. Hélder Pedro
secretário-geral da Associação Automóvel de Portugal
Uma das medidas necessárias para renovar o parque é criar incentivos, nomeadamente "a implementação de um plano de abate de automóveis ligeiros de passageiros em fim de vida no quadro da Estratégia de Mobilidade Sustentável", defendeu. "Esperemos que no próximo ano seja implementado de facto um acordo que é necessário para o nosso país nesta área. Isso permitirá retirar de circulação veículos com emissões médias de 170 gramas por quilómetro e substituí-los por veículos com emissões médias de 95 gramas", acrescentou.secretário-geral da Associação Automóvel de Portugal
Mas os incentivos ao abate têm também de vir acompanhados de incentivos à aquisição de veículos elétricos ou híbridos e do alargamento da rede de pontos de carregamento elétrico. Em Portugal, os carros elétricos representam 10% da venda de veículos novos, sendo também a média da União Europeia (UE). Porém, existem muitas assimetrias dentro da UE - com quatro países a concentrarem 72% de todas as vendas de carros elétricos na Europa -, pelo que "os governos dos diferentes estados-membros precisam de assegurar medidas inclusivas para permitir a todas as pessoas com diferentes níveis de rendimento a acessibilidade a este tipo de solução", sublinhou o keynote speaker. Assim, para não haver discriminação em função dos rendimentos para o acesso a esta nova tecnologia, "é necessário que não só que se regulamente a nível europeu, mas que os vários governos estabeleçam políticas de incentivo à compra deste tipo de viaturas", acrescentou.
O aumento destas soluções exercerá naturalmente pressão sobre as infraestruturas necessárias. Por isso, "para satisfazer essa exigência é necessário assegurar uma rede de carregamento dos veículos adequada e que abrange de forma igual todos os países da União Europeia", referiu Hélder Pedro. O número total das redes de carregamento disponível em toda a União Europeia "está longe ainda satisfazer as necessidades dos utilizadores". O secretário-geral referiu que a maioria dos países não fornece 10 pontos de carregamento a cada 100 quilómetros nas principais estradas, de acordo com os objetivos da UE. Portugal tem 41 pontos de carregamento por 100 quilómetros. "Existem na UE cerca de 307 mil pontos de carregamento quando para atingir as metas de redução de 55% de emissões em 2030 serão necessários, nessa altura, 7 milhões de pontos de carregamento nos 27 países da União Europeia. Isto dá para precisar até onde teremos de ir", destacou. Hélder Pedro frisou também a necessidade de alargar pontos de carregamento a hidrogénio, praticamente inexistentes na UE.