Opinião
Quem quer ser cônsul?
A história é igual a tantas outras que povoam a indignidade da coisa pública. A troco de uns cobres para a propaganda que caça votos, o senhor rico é nomeado representante de um país. Ou seja, a partir de então é ele a cara e o comportamento de todos os c
É evidente que para se ser é preciso ser-se escolhido e nomeado. Por quem? Pelo Governo do país que se passa a representar. Ou seja, o processo tem responsáveis. Corre agora a história de um "cônsul honorário de Portugal em Cabo Frio". Soa bem. Cabo Frio é no Brasil, uma terra perto do Rio de Janeiro. O homem parece que está ligado a negócios menos respeitáveis – jogo ilegal e lavagem de dinheiro. Soa mal. É evidente que qualquer um se pode enganar ou ser enganado. O problema está na dúvida que permanece e fica: o homem terá sido nomeado depois de financiar a campanha do candidato socialista ao círculo fora da Europa. Razão pela qual terá sido indicado para o cargo pelo antigo secretário de Estado José Lello. É verdade? Lello, normalmente prolixo, não fala. António Braga, o secretário de Estado responsável pela nomeação – entretanto suspensa – não esclarece. Persiste a dúvida: por que diabo precisamos de um cônsul em Cabo Frio? Honorário, naturalmente.
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