Opinião
E depois do adeus
Durão Barroso trocou o país das maravilhas pela Europa da nau Catrineta. Navegando ao sabor do vento sabe que, um dia, pode voltar a Portugal para ser Presidente da República.
Durão Barroso trocou o país das maravilhas pela Europa da nau Catrineta. Navegando ao sabor do vento sabe que, um dia, pode voltar a Portugal para ser Presidente da República. E deixou a Jorge Sampaio a simpática tarefa de descobrir onde se escondem os espinhos da rosa.
O PR pode picar-se de todas as formas. Se não aceitar Santana Lopes tem de convocar eleições antecipadas, as mesmas que os opositores que querem derrubar Ferro Rodrigues desejam depois de chacinar o líder do PS. Esta dança da guerra no PS só terminará se António Vitorino chegar de Bruxelas para acender o cachimbo da paz e calçar o sapato destinado a Cinderela.
Sampaio, entretanto, arrisca-se a escolher entre uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma. Isto é: a troca de um governo maioritário por uma incógnita maior. Mas, entre golpes de Estado e palacianos, o PSD dos velhos barões chegou à idade da reforma. E foi Barroso que assinou a aposentação.
Hoje começa uma nova época da vida política em Portugal. E há quem, no PSD e no PS, ainda não tenha percebido isso.