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14 de Maio de 2007 às 13:59

Alquimia na gestão

Um treinador de basquetebol disse-me, um dia, que não acreditava na sorte. Foi campeão nacional mais do que uma vez, porque a sua equipa "trabalhava mais do que as outras". Mas ele não me estava a dizer tudo. O trabalho árduo não chega.

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Os campeões sabem que, para atingir o topo, o valor individual tem que se diluir em favor do colectivo. No desporto, quando um conjunto de jogadores forma uma boa equipa, o entendimento revela-se em campo e diz-se que têm "química".

As empresas são equipas. Há estrelas e cães de fila, treinadores e jogadores, dirigentes e adversários. O gestor que não procura a "química" entre os seus colaboradores está condenado a atingir, na melhor das hipóteses, o meio da tabela.

Hoje, a logística é um dos campeonatos mais disputados no mundo empresarial. A entrada de "players" multinacionais em Portugal catapultou o sector para uma nova dimensão e, com a internacionalização dos operadores portugueses, vive-se um momento de afirmação e maturidade. A competição aumentou e a formação das equipas é um factor crítico de sucesso, pois o operador logístico tornou-se um parceiro vital, fazendo a ligação entre o fornecedor, a indústria e o retalho, unindo os vários elos da cadeia de abastecimento.

O Grupo Luís Simões (GLS) foi, em 2006, o vencedor da primeira edição das 24 Horas de Logística. Empresa familiar, com origem no sector dos transportes, a Luís Simões tem vindo a crescer não apenas em Portugal mas também em Espanha, apostando nos seus recursos humanos como um dos pilares de desenvolvimento.

A inscrição no jogo/simulação serviu para aproveitar uma das raras organizações de eventos formativos com matriz prática na área logística, em Portugal. António Fernandes, director de Inovação e Processos do GLS, seleccionou para a equipa participante "uma pessoa de cada área principal de actividade", envolvendo "o desenvolvimento e sistemas, a operação diária, o planeamento e rotas e a expedição". Através da diversidade, o GLS potenciou os resultados da participação, espalhando-os pelos seus vários departamentos "core".

Conforme refere, "no sector logístico, as formas de fazer não diferem muito entre empresas. Os meios são basicamente os mesmos, os sistemas usados podem vir de fornecedores diferentes, mas preenchem também objectivos comuns, pelo que a diferença se faz com as pessoas. Se não houver uma equipa bem preparada para aplicar todo o potencial dos sistemas, não se obtêm bons resultados".

O ‘coaching’ e as actividades práticas fora da empresa são instrumentos fundamentais para mudar atitudes, alicerçar relações e construir as bases de uma equipa campeã. Na empresa, como no desporto, a força do colectivo não está na sua estrela, no seu jogador genial, mas no seu elo mais fraco, porque é ele que compromete toda a cadeia. Apostar na formação é garantir o factor de diferenciação que dá vitórias, num campeonato onde o juiz é o cliente.

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