Opinião
Autárquicas: convites e funções
Este espetáculo da sucessão de notícias que me indicam para varias autarquias e que quem lê pode considerar ridículo, tem uma só razão. As pessoas, os órgãos competentes para o efeito, querem-me. Assim tem acontecido agora.
Penso que foi sempre assim. Há muitos anos, na década de 90, fui convidado por diferentes concelhias do PSD para ser candidato às respetivas câmaras municipais. Já na altura, Sintra e Cascais me desafiaram, julgo que a primeira vez, em 1993, estava como secretário de Estado da Cultura. Voltaram a fazê-lo em 1997, mas Pacheco Pereira vetou o meu nome. Assim um género do Dr. Sampaio, porque não gostava. Ele tentou em Loures e foi um "sucesso"... O então líder do PSD queria que eu fosse candidato nalgum sítio - julgava que eu perdia - e o Paulo Pereira Coelho (que agora assina nas redes com outro nome), então presidente da Distrital de Coimbra, insistiu muito para eu me candidatar à Figueira (a história às vezes repete-se). Estava previsto ele ir em segundo, mas não foi possível. E sabem para onde fui convidado mesmo antes de o ser para a Figueira? Para Torres Vedras, que, muito simpáticos, tudo fizeram para eu aceitar.
Este espetáculo da sucessão de notícias que me indicam para varias autarquias e que quem lê pode considerar ridículo, tem uma só razão. As pessoas, os órgãos competentes para o efeito, querem-me. Assim tem acontecido agora.
Garanto o seguinte: não pedi nada a ninguém e estou muito bem como estou. Preciso de repetir? Graças a Deus, não preciso de nada disso. Já fui presidente de dois municípios, entre outras humildes funções. Repito: não pedi nem preciso. Repito: não pedi nem preciso.
Se gosto do trabalho autárquico? Muito. Tenho dito isso sempre. E se há um projeto de que uma terra precise e eu sinto que posso fazer, considero fascinante.
Dizem que Viana do Castelo quer um candidato conhecido. Tenho uma sugestão: um comentador televisivo que já foi cabeça de lista à Assembleia da República por Viana do Castelo. Outro comentador/analista, no mesmo canal, que muito considero e muito gosto de ouvir, pode resolver a questão de Coimbra. Ele está em grande forma. Mas reconheço-lhe a autoridade de sempre ter rejeitado cargos públicos. Mas é de Coimbra e com tantas ligações e obra lá realizada como empresário turístico, certamente ganha.
Agradeço a todos os que me convidam. Sinceramente, sem hipocrisias, sensibilizam-me muito. Depois do muito que se tem passado, reconheço que é motivo para me sentir honrado e grato. Por isso, mais uma vez, faço um esforço para compreender as raivas de alguns. Devem pensar muito nas razões pelas quais me convidam sempre tanto. Perguntem aos próprios. Não vejam nestas palavras qualquer vaidade ou prosápia. São factos.