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Pedro Santana Lopes - Advogado 19 de Fevereiro de 2021 às 09:20

Vacinas e terapias

E então as terapias, os remédios, os tratamentos, que possam trazer a cura? Porque não falam nisso? E dizia sempre a quem estava comigo: provavelmente é mais fácil, mais rápido, mais eficaz. Mas não! Passaram meses com o mesmo discurso, altamente desmoralizador.

Voltando a um assunto que já aqui abordei, de passagem, é cada vez mais notório o avanço na descoberta de terapias adequadas à cura da covid-19.

Nas últimas semanas, reforçou-se o número de médicos que insistem na utilização de um fármaco chamado Ivermectrina. Pelo que se lê e se ouve, admite-se que os comprimidos desse fármaco possam resultar no tratamento, ou mesmo a título preventivo. Mais recentemente veio a descoberta, em Israel, dos efeitos que um remédio, Bunesodina, tomado por inalação, pode ter na cura também de casos graves ( pelo que li, pelo menos, até à chamada segunda fase). Reportava, há dias, o correspondente em Israel de um canal generalista que chegam de todo o mundo pedidos de fornecimento desse produto.

Recordo-me de ouvir no início da pandemia os mais altos responsáveis, em várias áreas e em várias paragens, dizerem que a única esperança era a vacina e que demoraria, pelo menos, dois anos. Eu ouvia aquilo e quase saltava pensando: e então as terapias, os remédios, os tratamentos, que possam trazer a cura? Porque não falam nisso? E dizia sempre a quem estava comigo: provavelmente é mais fácil, mais rápido, mais eficaz. Mas não! Passaram meses com o mesmo discurso, altamente desmoralizador.

Não sei se essas palavras e essas omissões tiveram influência nos rumos das investigações levadas a cabo, desde o início, em vários pontos do mundo. Mas, quanto mais o tempo passa, mais me convenço de que, por vezes, falta destreza na decisão (para não aprofundar).

Desde o início que o discurso, a decisão, o esforço, e o investimento deviam ter sido dirigidos nos dois importantes e complementares sentidos. E isto é válido para as várias comunidades e instituições com atribuições na matéria.

O primeiro dos produtos que mencionei não está aprovado em Portugal apesar de ser cá fabricado o princípio ativo. Só há em gel e em creme, julgo.

Como é possível? É precisa iniciativa para saber de tudo o que possa salvar vidas ou evitar sequelas graves na saúde das pessoas.

Faz muita impressão que, muitas vezes, não haja a visão, o dinamismo e a ousadia exigíveis em assuntos tão relevantes. Neste caso, nos mais relevantes.

P.S. – Antecipadamente me penitencio se houver algum erro resultante da minha condição de leigo.

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