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Luís Bettencourt Moniz 06 de Dezembro de 2016 às 18:41

O ano em que o virtual e o artificial mais se ouvirão

No próximo ano vamos assistir a alterações profundas no marketing, no digital e nos sistemas analíticos. Novo regulamento da protecção de dados exigirá novas formas de negócio. A realidade virtual vai ser a coqueluche da experiência do consumidor.

O vídeo vai reinar nos conteúdos. Os algoritmos e a Inteligência Artificial (IA) vão emergir na economia orientada a dados. Mas também vamos voltar ao básico, à gestão do produto e da marca, só que de forma mais inteligente.

 

Está agendada para 2018, mas é em 2017 que se sentirá o seu impacto. A nova regulação de protecção de dados entrará em vigor e será muito mais exigente na protecção e dotará os clientes de mais poder sobre os seus dados pessoais. Mudanças de aplicações e software, alteração dos critérios de segmentação, de recolha e tratamento dos dados e da gestão de campanhas, com impacto transversal nas organizações. Uma dor de cabeça.

 

A realidade virtual vai ser "A experiência" de cliente. Marcas como a Coca-Cola, Red Bull (viagem virtual ao centro de um vulcão), Oreo e a Volvo (simuladores) estão a mudar a forma como interagimos com as marcas. A maior loja online, a Alibaba, já lançou experiências virtuais de produtos. Nem mesmo as redes sociais escapam. Mark Zuckerberg anunciou que muito em breve as interacções no Facebook recorrerão à realidade virtual. O impacto na forma como nos relacionamos é uma incógnita, mas terá impactos positivos na economia.

 

O vídeo é o conteúdo. Fácil de gravar, editar e publicar. No entanto, o tempo médio de visualização dos vídeos caiu para 1,7 s. Pouco tempo para deslumbrar. Mas mesmo assim há espaço para inovar e surpreender. A Apple fê-lo: um clip sem som. O silêncio quebrou a rotina.

 

Em 1997, o computador Deep Blue da IBM venceu o campeão de xadrez Gary Kasparov. O algoritmo RankBrain é o responsável por nos devolver as pesquisas do Google. Carros sem condutor. O crescimento tem sido exponencial. Fazendo uso da computação distribuída, do "big data" e de Deep Learning (conjunto de algoritmos que em conjunto permitem altos níveis de abstracção), as máquinas farão muitas das nossas actividades actuais, descobrirão novos padrões e farão melhores previsões. Teremos mais tempo para o que é verdadeiramente importante: criar e pensar nas marcas, nos produtos e serviços. Em novos mercados. Em novas empresas. Mas sobretudo em nós… pessoas.

 

Nota: O autor não aderiu por vontade própria ao convencionalismo do recente acordo ortográfico.

 

Responsável de Marketing no SAS Portugal 

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