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Novembro: Tornar a América grande outra vez?

A morte de Fidel Castro marcou o final de um mês dominado pelas eleições nos EUA. O mundo susteve a respiração na primeira semana, perante a teimosa sobrevivência do candidato menos desejado globalmente. E a dia 8 confirmou-se: Trump presidente.

22 de Dezembro de 2016 às 11:08
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Novembro de 2016 ficará como data de destino de duas figuras ímpares nos seus ricos espaços de actuação durante a vida. Fidel Castro, político, amado e odiado, morreu a 25 de Novembro, deixando órfã a revolução cubana que liderou. Leonard Cohen, poeta e músico, admirado e idolatrado, desapareceu a 7, embora o mundo só tenha sabido alguns dias depois.

Cohen já não assistiu ao evento favorito a acontecimento do ano 2016: a eleição de Donald Trump para Presidente dos Estados Unidos. O "reality show" que foi a campanha teve um último episódio com recorde de audiência: a vitória do empresário, bilionário e "entertainer", contra todas as sondagens e quase toda a opinião publicada ou televisionada, nos EUA e no resto do mundo
E num instante tudo muda... Trump eleito: As sondagens oscilavam entre uma vitória confortável para Hillary Clinton e uma vitória apertada, mas segura. Mas na noite eleitoral, tudo mudou. Os primeiros sinais chegaram da Florida, onde Donald Trump começou a construir a sua improvável mas sólida vitória no colégio eleitoral. O candidato republicano acabaria por 'limpar' todos os estados chave e deixar em choque metade dos Estados Unidos, o país que votou em maior número na ex-primeira-dama, mas não conseguiu elegê-la devido à estrutura eleitoral dos EUA. Trump será o sucessor de Obama.
E num instante tudo muda... Trump eleito: As sondagens oscilavam entre uma vitória confortável para Hillary Clinton e uma vitória apertada, mas segura. Mas na noite eleitoral, tudo mudou. Os primeiros sinais chegaram da Florida, onde Donald Trump começou a construir a sua improvável mas sólida vitória no colégio eleitoral. O candidato republicano acabaria por "limpar" todos os estados chave e deixar em choque metade dos Estados Unidos, o país que votou em maior número na ex-primeira-dama, mas não conseguiu elegê-la devido à estrutura eleitoral dos EUA. Trump será o sucessor de Obama. Brendan McDermid/Reuters

Hillary Clinton saiu da cena política americana pela porta pequena, tendo Novembro testemunhado uma histórica intervenção do director-geral do FBI na campanha eleitoral - levantando suspeitas sobre a candidata - e uma improvável actuação de "hackers" ao serviço da Rússia, com danos para a imagem de Clinton.

No final, capitalizando a insatisfação com o sistema político dos EUA, Trump ganhou. Simplificando a sua plataforma política ao slogan "Make America Great Again" [tornar a América grande outra vez], o candidato do Partido Republicano venceu todos os estados que precisava para garantir a maioria do colégio eleitoral (Florida, Michigan, Wisconsin e Pensilvânia, entre os mais determinantes). Mesmo perdendo no total de votos por quase dois milhões, Trump não vacilou no discurso de vitória: "Agora é tempo de sarar as feridas da divisão. É tempo para nos juntarmos como um povo unido. Serei o Presidente de todos os americanos", promete.

O resto do mundo continuou boquiaberto, enquanto na Síria a tragédia piorava e em Angola a crise agravava-se.
Vladimir Putin: O mês começou com a notícia de que a Rússia tinha um novo homem mais rico, o magnata do aço, Alexey Mordashov, com uma fortuna avaliada em 14 mil milhões de euros, um empresário sintonizado com a política do presidente. Mas Vladimir Putin iria ter uma das suas maiores vitórias de sempre longe do seu país: nos EUA, Donald Trump foi eleito, entre outras razões, depois da alegada interferência de 'hackers' patrocinados pelo Kremlin. Um amigo de Moscovo a mandar em Washington.
Vladimir Putin: O mês começou com a notícia de que a Rússia tinha um novo homem mais rico, o magnata do aço, Alexey Mordashov, com uma fortuna avaliada em 14 mil milhões de euros, um empresário sintonizado com a política do presidente. Mas Vladimir Putin iria ter uma das suas maiores vitórias de sempre longe do seu país: nos EUA, Donald Trump foi eleito, entre outras razões, depois da alegada interferência de "hackers" patrocinados pelo Kremlin. Um amigo de Moscovo a mandar em Washington.




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