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Abril: Papéis do Panamá abanam mas não fazem cair poderosos

O Consórcio Internacional de Jornalistas, em conjunto com vários meios de comunicação social, deu conta de uma rede de ligações a paraísos fiscais usadas por todo o mundo. Angola pediu ajuda ao FMI.

13 de Dezembro de 2016 às 10:15
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A "bomba" caiu no início do mês: os Papéis do Panamá foram um dos grandes escândalos mundiais do ano, uma investigação partilhada por vários jornais mundiais e coordenada pelo Consórcio Internacional de Jornalistas. Em causa estavam ligações a paraísos fiscais de centenas de pessoas, entre as quais 140 antigos e actuais dirigentes mundiais.

A informação, com base nos ficheiros da firma de advogados do Panamá Mossack Fonseca, espalhou-se por todo o mundo e destapou o véu sobre um mundo onde se movem milionários, governantes mundiais e figuras pouco recomendáveis, ligada a esquemas de fuga aos impostos e lavagem de dinheiro. Os papéis implicam personalidades como o Presidente da Ucrânia, o rei da Arábia Saudita, amigos do Presidente russo, Vladimir Putin (o violoncelista Sergei Roldugin), parentes dos primeiros-ministros da Islândia (que foi das primeiras vítimas deste caso, com a demissão do chefe de Governo islandês) e Paquistão, vários dirigentes da FIFA e até o futebolista argentino Lionel Messi. Mas os resultados estão por apurar.
Deputados brasileiros em ebulição: Foram horas de votação e declarações por vezes políticas, por vezes pessoais, que acabaram por dar o passo decisivo no 'impeachment' da então Presidente do Brasil, Dilma Rousseff. 367 dos 531 deputados brasileiros votaram a favor, num processo que dividiu o país. A sessão durou 9 horas e 47 minutos; a votação, seis horas e dois minutos, segundo a imprensa brasileira. O processo foi digno de uma telenovela, com insultos, apelos à família e religião, deputados levados em braços e outras peripécias. Foi a antecâmara da saída de Rousseff, substituída por Temer.
Deputados brasileiros em ebulição: Foram horas de votação e declarações por vezes políticas, por vezes pessoais, que acabaram por dar o passo decisivo no "impeachment" da então Presidente do Brasil, Dilma Rousseff. 367 dos 531 deputados brasileiros votaram a favor, num processo que dividiu o país. A sessão durou 9 horas e 47 minutos; a votação, seis horas e dois minutos, segundo a imprensa brasileira. O processo foi digno de uma telenovela, com insultos, apelos à família e religião, deputados levados em braços e outras peripécias. Foi a antecâmara da saída de Rousseff, substituída por Temer. Ueslei Marcelino/Reuters
Em apuros esteve também Angola, que recorreu ao FMI em busca de financiamento, ainda que recusando que se tratasse de um pedido de ajuda. Em causa estavam valores até quatro mil milhões de euros, que o fundo poderia colocar na economia angolana, estagnada e com dificuldades em efectuar pagamentos às empresas portuguesas que lá estavam a trabalhar.

Na América Latina, o processo de "impeachment" à Presidente Dilma Rousseff entrou numa fase decisiva, com a votação na Câmara dos Deputados, que teve contornos "carnavalescos". A destituição chegaria mais tarde pelo Senado.

Numa guerra sem fim à vista, o Observatório sírio dos Direitos Humanos contabilizou 3.116 mortos no país, entre os quais 859 civis. Neste mês, foi anunciada a grande operação para retomar a cidade de Aleppo.
Mario Conde: O ex-banqueiro espanhol Mario Conde - que nos anos 90 liderou o Banesto, que se envolveu no controlo do Totta & Açores - foi detido pela transferência de dinheiro para fora de Espanha. 11 anos depois de ter saído da cadeia, onde cumpriu 11 anos por desvios de fundos do Banesto, volta a ser detido e ainda por suspeitas de branqueamento de capitais relacionados com o banco espanhol que liderou e que foi intervencionado em 1993. Ficou em preventiva, mas saiu em liberdade mediante caução de 300 mil euros.
Mario Conde: O ex-banqueiro espanhol Mario Conde - que nos anos 90 liderou o Banesto, que se envolveu no controlo do Totta & Açores - foi detido pela transferência de dinheiro para fora de Espanha. 11 anos depois de ter saído da cadeia, onde cumpriu 11 anos por desvios de fundos do Banesto, volta a ser detido e ainda por suspeitas de branqueamento de capitais relacionados com o banco espanhol que liderou e que foi intervencionado em 1993. Ficou em preventiva, mas saiu em liberdade mediante caução de 300 mil euros. Marcelo del Pozo/Reuters
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