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Caberá aos historiadores, no futuro, explicar o que terá levado a maioria dos eleitores do referendo do Reino Unido a decidir sair da União Europeia a 23 de Junho de 2016. A frio.
A quente, o resultado de 51,9% para o Brexit e de 48,1% para a permanência levou algum tempo a ser aceite e digerido. As reacções não se fizeram esperar, no próprio arquipélago, com mais de três milhões de britânicos a assinar uma petição para a repetição de referendo. David Cameron assumiu a sua saída de líder do governo britânico como inevitável e o seu principal opositor, o trabalhista Jeremy Corbyn, assistiu a uma "sangria" no seu governo-sombra. A Escócia começou a pensar na sua autonomia, face a Londres e a Bruxelas.
No continente, a reacção instantânea foi de "tristeza" - disse-o Mario Draghi, em Portugal, a 27 de Junho no 3.º Fórum do BCE. "Os nossos parceiros estão genuinamente tristes que queiramos sair da organização", disse-o David Cameron no primeiro Conselho Europeu pós-referendo. Extremaram-se opiniões, com alguma dureza dos mais europeístas: saída é saída rápida, e não há Europa "à la carte".
Transversalmente, os mercados reagiram, mal, ao resultado do referendo, com instabilidade e muitos receios de fuga de instituições, nomeadamente financeiras, da City. A libra quebrou face ao dólar a níveis não vistos em três décadas e Portugal viu os juros da dívida elevarem-se a patamares de 2013.
Ainda em Junho, Espanha voltou às urnas de voto para tentar sair do impasse governativo em que se colocara no final de 2015. A 26 de Junho, o PP voltou a ganhar, mas o bloqueio político permaneceu.
No meio do turbilhão, ainda houve tempo, noutras paragens, para negócios. Foi o caso da compra anunciada, a 13 de Junho, da Linkedin pela Microsoft. A tecnológica fundada por Bill Gates decidiu pagar 26 mil milhões de dólares pela rede social profissional.
A quente, o resultado de 51,9% para o Brexit e de 48,1% para a permanência levou algum tempo a ser aceite e digerido. As reacções não se fizeram esperar, no próprio arquipélago, com mais de três milhões de britânicos a assinar uma petição para a repetição de referendo. David Cameron assumiu a sua saída de líder do governo britânico como inevitável e o seu principal opositor, o trabalhista Jeremy Corbyn, assistiu a uma "sangria" no seu governo-sombra. A Escócia começou a pensar na sua autonomia, face a Londres e a Bruxelas.
No continente, a reacção instantânea foi de "tristeza" - disse-o Mario Draghi, em Portugal, a 27 de Junho no 3.º Fórum do BCE. "Os nossos parceiros estão genuinamente tristes que queiramos sair da organização", disse-o David Cameron no primeiro Conselho Europeu pós-referendo. Extremaram-se opiniões, com alguma dureza dos mais europeístas: saída é saída rápida, e não há Europa "à la carte".
Transversalmente, os mercados reagiram, mal, ao resultado do referendo, com instabilidade e muitos receios de fuga de instituições, nomeadamente financeiras, da City. A libra quebrou face ao dólar a níveis não vistos em três décadas e Portugal viu os juros da dívida elevarem-se a patamares de 2013.
Ainda em Junho, Espanha voltou às urnas de voto para tentar sair do impasse governativo em que se colocara no final de 2015. A 26 de Junho, o PP voltou a ganhar, mas o bloqueio político permaneceu.
No meio do turbilhão, ainda houve tempo, noutras paragens, para negócios. Foi o caso da compra anunciada, a 13 de Junho, da Linkedin pela Microsoft. A tecnológica fundada por Bill Gates decidiu pagar 26 mil milhões de dólares pela rede social profissional.