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Vila Nova de Famalicão: o concelho exportador

Vila Nova de Famalicão já foi apelidada de "capital das empresas alemãs". Sete das maiores empresas do município exportam para este país.

30 de Setembro de 2018 às 11:00
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Com uma vocação exportadora, Vila Nova de Famalicão já foi apelidada de "capital das empresas alemãs". Em 1973, a Leica chegava ao Vale do Ave - é a única fábrica da marca fora da Alemanha e há cinco anos a casa-mãe inaugurou ali uma nova unidade, onde investiu mais de 22 milhões de euros; a Continental Mabor, que produz pneus para mais de 60 países, é a maior empresa do concelho, empregando mais de 2.000 pessoas; e, no mundo têxtil, a Olbo & Mehler figura como décima maior exportadora. 

Se muito do capital é alemão neste enclave minhoto, olhando para as dez grandes empresas do município, sete têm no exterior os seus principais mercados (Alemanha incluída), segundo os dados de 2016 da Informa D&B.

No ano passado, Famalicão apresentou um saldo de exportações de quase dois mil milhões de euros, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística. Dessa tranche, perto de 800 milhões euros provinham da actividade da Continental Mabor, um gigante que lidera com grande distância o tecido de 3.989 empresas do município. Se, em 2016, a fábrica de Lousado facturou mais de 830 milhões de euros, a Coindu, a segunda maior empresa da lista (que também abastece a indústria automóvel e nasceu em 1988, sob o capital do alemão Günter Stichter), "só" chegou aos 165 milhões. 

A olear a máquina famalicense está a proximidade ao aeroporto do Porto e ao terminal de Leixões, e também uma mão-de-obra enquadrada nas carências da indústria - foi na freguesia de Lousado que se instalou uma das primeiras escolas profissionais do país, a Forave, em 1990 -, mas que nos últimos anos tem dado sinais de escassez.

Embora ainda nenhum nome da metalomecânica surja destacado pelas vendas e exportações na lista das maiores empresas a que o Negócios teve acesso, o sector também tem revelado um crescimento significativo em Vila Nova de Famalicão, através da actividade de empresas como a ROQ ou a AMOB. Entre 2015 e 2016, as exportações do sector subiram de 139 milhões para 151 milhões de euros.


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