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Ex-líbris de Vila Nova de Famalicão

Pode ser cliché a imagem de um prato farto à mesa minhota, mas Famalicão não foge à regra, destacando-se em clássicos da restauração. Na cultura, destaca-se o novo Centro do Surrealismo.

25 de Setembro de 2018 às 10:01
Paulo Duarte
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Gastronomia Do cabrito ao pão-de-ló
É difícil determinar a origem exacta de cada prato quando a conversa anda pelo Minho. No entanto, na ementa tradicional de Famalicão são incontornáveis sugestões como os rojões com papas de sarrabulho, o cozido à portuguesa, o bacalhau à lagareiro e o cabrito assado, habitualmente servidas nos restaurantes decenários do concelho. Menos dúvidas quanto à origem deixa a doçaria. No livro "Receitas da Casa do Mosteiro de Landim", que terá sido escrito por Maria Henriqueta Leal Sampaio entre o final do século XIX e o primeiro quartel do século XX, convivem receitas de Guimarães, Vila do Conde e Famalicão, entre as quais os biscoitos fidalguinhos, o doce engano de senhora e o pão-de-ló. À procura deste último, sobretudo na época da Páscoa, formam-se filas na Confeitaria Bezerra, que há mais de 120 anos serve aos famalicenses preciosidades para adoçar a alma.

Cultura Centro Português do Surrealismo
Depois da inauguração da Casa das Artes de Famalicão, em 2001, e do Centro de Estudos Camilianos (um projecto assinado por Siza Vieira, em frente à oitocentista Casa-Museu de Camilo Castelo Branco, em São Miguel de Seide), em 2005, em Junho o município abriu as portas do Centro Português de Surrealismo, integrado na - já de si surrealista - Fundação Cupertino de Miranda. A funcionar no icónico edifício situado no coração da cidade, o novo centro tem uma área de exposições de mais de 4.000 metros quadrados e inclui obras de mais de 120 artistas. A exposição inaugural "O Surrealismo na Coleção Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian" levou a Famalicão peças de Mário Cesariny, Jorge Vieira ou José Francisco.


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