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Emissão atrai 250 investidores e procura de 9 mil milhões de euros (act)

A emissão de dívida pública já conta com uma procura em torno de nove mil milhões de euros e atraiu o interesse de cerca de 250 investidores, alguns deles novos. Segundo apurou o Negócios, a taxa de juro implícita da operação deverá situar-se num intervalo entre 4,5% e 4,7%.

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A colocação de dívida a cinco anos (e meio) está prestes a ser fechada e há momentos a procura por parte dos investidores já excedia os nove mil milhões de euros, excluindo a procura automática por parte dos bancos gestores da operação. Estima-se que o IGCP emita, pelo menos, três mil milhões de euros, pelo que a procura pode triplicar o montante colocado.

 

Na emissão realizada esta manhã participaram à volta de 250 investidores, apurou o Negócios junto de uma fonte ligada à operação. A operação “atraiu investidores novos para a dívida portuguesa, enquanto outros reforçaram a sua exposição”, afirmou a mesma fonte. 

 

Este nível de procura está a permitir ao IGCP baixar progressivamente o custo que se dispõe pagar. Inicialmente aos investidores foi sugerida um "spread" acima das taxas de mercado do euro de 340 pontos-base, depois 335 pontos-base e agora 330 pontos-base.

 

As taxas base de mercado num prazo a cinco anos e meio rondam os 1,39%, pelo que pode estimar-se um custo na casa dos 4,6% em termos de taxa implícita absoluta.

 

O “spread” de 330 pontos base poderá ainda ser ligeiramente mais baixo, dependendo do montante final que for colocado, que deverá ficar em redor dos 3.000 milhões de euros. Segundo apurou o Negócios, a taxa de juro implícita da operação deverá situar-se num intervalo entre 4,5% e 4,7%.

 

Analistas ouvidos pelo Negócios dizem que a dinâmica favorável nos mercados nos últimos dias e o apetite dos investidores deverá garantir uma operação "muito bem sucedida", com taxas mais baixas do que há um ano e a participação de investidores mais conservadores, de várias geografias.

 

"A operação foi bem preparada, com os comentários de João Moreira Rato no fim-de-semana [ao "Expresso"] e alguns rumores durante o início da semana", diz David Schnautz, estratego em mercado de dívida do Commerzbank, acrescentando que "a reacção dos mercados ao anúncio foi um bom presságio e indica que poderá ser uma operação muito bem sucedida e que os títulos, depois de emitidos, terão um desempenho positivo no mercado nos próximos tempos".

 

(notícia actualizada às 11h20 com mais informação)

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