Notícia
Juros da dívida a 10 anos voltam a estar abaixo dos 7%
As taxas de juros implícitas das obrigações portuguesas a 10 anos voltaram a estar abaixo da barreira psicológica dos 7%, depois de se terem colocado acima desta fasquia devido aos receios em torno da retirada de estímulos económicos por parte da Reserva Federal (Fed) dos EUA.
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Os juros da dívida portuguesa estão a recuar em todas as maturidades, uma tendência comum ao resto da Europa. A decisão do Tribunal Constitucional de chumbar as regras aprovadas pelo Governo que permitiam que as empresas escolhessem quem despedem na extinção de posto de trabalho parece não estar a pesar nas decisões dos investidores.
A taxa de juro implícita às obrigações portuguesas a 10 anos recua 8,2 pontos base para se fixar nos 6,977%, abaixo dos 7%, de acordo com as taxas genéricas disponibilizadas pela Bloomberg. A “yield” a 10 anos chegou mesmo a cair 10,2 pontos base para 6,957%. Caso termine o dia abaixo dos 7%, será a primeira vez desde 5 de Setembro.
Nas restantes maturidades a tendência é semelhante. A “yield” das obrigações a cinco anos recua 3,9 pontos base, para 6,427% e a “yield” das obrigações a dois anos cai 6,3 pontos base, fixando-se nos 5,489%.
Lá fora, a “yield” das obrigações de Espanha a 10 anos sobe 5,8 pontos base para 4,340%, um movimento que é semelhante ao da taxa de juro implícita italiana, para a mesma maturidade, que sobe 9,6 pontos base para 4,335%. Em França a taxa a 10 anos avança 1,1 pontos base para 2,362%.
A taxa de juro implícita nas “bunds” alemãs a 10 anos desce 0,5 pontos base para 1,827%.
Na Irlanda, a taxa de juro implícita a 10 anos está inalterada nos 3,874%.