O Commerzbank emitiu uma nota de investimento em que recomenda aos clientes que aproveitem eventuais subidas no valor dos títulos de dívida portuguesa, para venderem as obrigações nacionais que tiverem em carteira.

A recomendação foi emitida após os juros implícitos na dívida a 10 anos terem encerrado abaixo dos 7%, pela primeira vez desde dia 5 de Setembro, na sessão de quinta-feira, segundo as taxas genéricas da Bloomberg para o mercado secundário de divida. Nas obrigações, uma valorização dos títulos corresponde à descida implícita dos juros.

O estratega do Commerzbank, Michel Leister, acredita que Portugal vai ter restrições no acesso aos financiamento que impedirão o país de aceder aos mercados internacionais de dívida e que isso vai obrigar a um segundo resgate.

Ora, com a “fadiga” associada ao programa de ajustamento a predisposição para aceitar reformas impostas a partir do exterior deverá provocar tensões políticas, pelo que o economista prevê um “balançar” das taxas de juro à medida que o país se aproxima de um programa cautelar.

Juros a 10 anos permanecem abaixo dos 7%

A taxa de juro implícita na dívida portuguesa encontra-se inalterada, esta manhã, depois de ter estado a prolongar a tendência de descida da última sessão. A “yield” a 10 anos encontra-se nos 6,986%, segundo as taxas genéricas da Bloomberg para o mercado secundário.

No prazo de cinco anos, a “yield” recua 1,2 pontos base para 6,414% e, nos títulos com maturidade a dois anos, avança 4,7 pontos base para 5,536%.