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Investimento em certificados cresceu ao ritmo mais baixo do ano

Em Setembro, o valor aplicado em certificados foi um dos mais baixos do ano. Mas o Estado já garantiu quase 80% da meta para 2016.

20 de Outubro de 2016 às 12:55
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Os aforradores desaceleraram a subscrição de certificados de aforro (CA) e de certificados do tesouro poupança mais (CTPM) em Setembro. O crescimento do valor colocado nestes produtos teve um dos ritmos mensais mais baixos do ano. No mês passado, o "stock" de CA e de CTPM cresceu 254 milhões de euros, segundo dados divulgados esta quinta-feira, 20 de Outubro, no Boletim Estatístico do Banco de Portugal.

É um nível semelhante ao de Junho, que tinha sido o mês mais fraco de 2016, altura em que o montante aplicado tinha crescido 255 milhões de euros. E os números de Setembro ficam abaixo da média mensal de 305 milhões de euros verificada nos oito primeiros meses do ano.

Certificados do Tesouro continuam a ganhar peso

Os CTPM, que pagam uma taxa efectiva ilíquida de 2,23% para quem os detenha por um período de cinco anos, continuam a ganhar cada vez mais popularidade face aos CA. Em Setembro, o montante aplicado em CTPM aumentou 249 milhões de euros, face ao crescimento do "stock" dos CA de apenas cinco milhões de euros (incluindo já o efeito da capitalização acumulada).


E essa tendência deverá intensificar-se no próximo ano, já que na proposta de Orçamento do Estado, o Governo prevê um contributo líquido de três mil milhões de euros dos CTPM no financiamento público. Já para os CA, que têm actualmente uma taxa bruta de 0,699%, a estimativa é de saídas líquidas de dois mil milhões de euros no próximo ano.

Neste produto está agendada para o final deste ano o fim do prémio de 2,75% da série C, lançada em 2012. E Cristina Casalinho, presidente do IGCP, já indicou que não descarta a hipótese de se alteraram as taxas no final de 2016 ou início de 2017.

Estado garante quase 80% da meta para 2016

Apesar da diminuição do ritmo de crescimento em Setembro, o Estado já garantiu quase 80% do financiamento previsto para este ano através destes instrumentos de poupança. Desde o início do ano o "stock" destes instrumentos cresceu 2.726 milhões de euros, cerca de 78% dos 3.500 milhões de euros previstos obter este ano pelo IGCP. Fica a faltar obter 774 milhões de euros em três meses para atingir aquela meta.

Além do contributo para o financiamento do Estado através de CA e CTPM, os investidores de retalho também disseram presente num outro produto de poupança lançado pelo Estado, as obrigações do tesouro de rendimento variável (OTRV). O IGCP realizou já duas ofertas públicas de subscrição de OTRV este ano, tendo captado 1.950 milhões de euros junto de pequenos investidores. 

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