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Nuno Alves: Emissão da EDP atraiu procura de "quase três mil milhões de euros"

A EDP colocou 750 milhões de euros em títulos de dívida a 10 anos em apenas uma hora e meia, reflexo do elevado apetite dos investidores. A procura foi quase quatro vezes superior à oferta.

Miguel Baltazar/Negócios
16 de Abril de 2015 às 17:26
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A EDP regressou aos mercados, colocando dívida de mais longo prazo. Colocou em apenas uma hora e meia os 750 milhões de euros que pretendia, mas a procura foi bem superior: "foi perto dos três mil milhões. Ficou entre 2,5 e três mil milhões de euros", revelou Nuno Alves, administrador financeiro da eléctrica. E contou com investidores dos principais países da Zona Euro.

 

"A procura foi muitíssimo maior que os 750 milhões. Foi perto dos três mil milhões. Ficou entre 2,5 e três mil milhões de euros", revelou Nuno Alves ao Negócios. "Alemanha, Holanda, França, Inglaterra, Portugal, Espanha, todos os países e os grandes investidores participaram na operação", acrescentou, sublinhando que a "maioria destas operações é feita com fundos de investimento e fundos de pensões".

 

A eléctrica financiou-se com uma taxa baixa para o prazo em questão, maturidade a que já não recorria há vários anos. "Os mercados já estão abertos há bastante tempo, mas neste momento permite fazer emissões a 10 anos a uma taxa atractiva", notou o administrador financeiro da EDP.

 

"Para a EDP no essencial, está a alongar a maturidade da sua dívida que é algo importante que não foi possível nos últimos dois a três anos", acrescentou. "Estávamos em média com dívida a maturar em quatro anos e queremos passar para mais de cinco anos. Isto contribui para isso, mas não resolve de imediato o assunto", disse, sublinhando que poderá conseguir o objectivo com outras operações em que o preço será ainda menor.

 

"Há margem para [que a taxa de juro] melhorar ainda mais, mas não estamos sempre à procura do melhor preço", referiu. "Admitimos sim que os ‘spreads’ da dívida portuguesa possam estreitar um pouco mais, aproximando-se do que há em Espanha". Os "ratings" dos "bons riscos têm subido, e a expectativa é de que continuem a subir. Há medida que eles subam, os ‘spreads’ hão-de estreitar". Por isso, "admito que estejam ainda mais baixos em 2016", rematou.

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