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Novo Banco emite 500 milhões de euros em dívida subordinada. Paga juro de 9,875%

O banco foi ao mercado de dívida para uma emissão de títulos a 10 anos, com opção de reembolso antecipado a meio do período. É a primeira vez que o faz desde o fecho do plano de reestruturação.

Bruno Colaço
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O Novo Banco emitiu nova dívida a 10 anos. Tratam-se de obrigações subordinadas, com opção de reembolso antecipado a meio do prazo, sendo que a procura acima do esperado levou o banco liderado por Mark Bourke a rever em alta o montante já durante da operação. A taxa de juro será de 9,875% nos primeiros cinco anos.

"O Novo Banco informa que realizou hoje [quarta-feira] uma emissão de dívida subordinada no valor de 500 milhões de euros, com maturidade a 1 de dezembro de 2033 e opção de reembolso antecipado pelo Banco no final de cinco anos", anunciou o banco em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O banco tinha anunciado a intenção de fazer uma nova emissão de Tier 2 no montante de 400 milhões de euros. A transação "gerou um forte interesse" do mercado, com a procura a superar três vezes o montante esperado da emissão. O preço final acabou por cair em 0,375% e o banco decidiu aumentar o montante de emissão para 500 milhões de euros.

"A nova emissão, que deverá substituir a emissão atual de Tier 2, efetuada em julho de 2018, tem um 'spread' de crédito inferior em 150bps [pontos base] versus a emissão anterior, e é uma evidência da trajetória de sucesso nos últimos anos. Esta transação é positiva em termos de MREL e capital", afirmou o Novo Banco.

A anterior linha que será substituída diz respeito a obrigações subordinadas "tier 2" que vencem em 2028 e que têm uma taxa de juro fixa de 8,5%. As novas obrigações têm uma taxa de juro anual de 9,875% nos primeiros cinco anos, sendo que depois desse período passar à taxa "mid-swap" a cinco anos acrescido de uma margem.

A emissão - que é a primeira desde o fecho do plano de reestruturação - foi colocada junto de investidores institucionais internacionais. A alocação final incluiu investidores do Reino Unido (26%), França (21%), Suécia (10%), Estados Unidos (10%), Espanha (5%), Alemanha (5%), com as gestoras de ativos a representarem mais de 78%. 

A liquidação ocorrerá a 1 de junho de 2023. BofA Securities, Citigroup, Crédit Agricole CIB, Credit Suisse, J.P. Morgan and Société Générale atuaram como Joint Lead Managers e Joint Bookrunners.

(Notícia atualizada às 19:50)
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