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Moody’s, Fitch e S&P cortam rating da Oi

As três principais agências de notação financeira reviram na terça-feira, em baixa, a classificação da dívida de longo prazo da operadora brasileira, um dia depois de esta ter decidido avançar para recuperação judicial.

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Um dia depois de a Oi ter anunciado que avançaria para uma recuperação judicial, o que a protege contra acções e execuções por parte dos seus credores, as três maiores agências de rating cortaram a notação atribuída à operadora brasileira para os níveis mais baixos das suas escalas de classificação.

 

No caso da Standard & Poor’s e da Fitch, a classificação é agora de D, e no caso da Moody’s é C, o que coloca a Oi numa categoria de incumprimento na avaliação das três agências.

 

Em comunicados separados, divulgados na noite de terça-feira, a Oi diz que "a Standard & Poor’s anunciou a revisão do rating de crédito atribuído à companhia, diminuindo o rating de longo prazo na escala global de CCC- para D e na escala nacional de brCCC- para D" e refere também que a Fitch tomou a mesma decisão, "diminuindo o rating de longo prazo nas escalas global e nacional de C para D".

 

A Moody’s também cortou a notação de longo prazo da Oi para o último nível da sua escala, ao passá-la de Caa1 para C (que é o seu nível mais baixo).

 

O último patamar nas classificações da dívida, por parte das agências de rating, significa que se está perante um potencial "default", com risco declarado de incumprimento, já que poderá haver uma ausência de capacidade integral de reembolso da dívida e existem poucas perspectivas de recuperação do investimento ou dos juros.

 

Segundo as definições da S&P, "um rating de D é também usado quando há uma petição de pedido de bancarrota ou de acções similares em que o incumprimento das obrigações é praticamente certo".

 

Estes cortes foram decididos depois de a empresa, detida directa e indirectamente em 27,5% pela Pharol, ter solicitado uma recuperação judicial. Nesse processo, a empresa ficará protegida contra acções e execuções por parte dos credores num prazo mínimo de 180 dias, segundo a lei brasileira.

 

A decisão da Oi em avançar para a recuperação judicial foi tomada esta segunda-feira, 20 de Junho, depois de não se ter alcançado um acordo com um grupo de credores para reestruturar a dívida.

 

A Oi é responsável pela dívida de retalho da antiga PT que atinge a maturidade no final do próximo mês de Julho, títulos que têm um valor nominal de 230 milhões de euros, segundo a Bloomberg.

A Oi justificou o pedido de recuperação judicial com "a urgência na adopção de medidas de protecção das empresas Oi". Considerou que esta era "a medida mais adequada, neste momento, para preservar a continuidade da oferta de serviços de qualidade aos seus clientes, dentro das regras e compromissos assumidos com a Anatel", o regulador do sector de telecomunicações brasileiro.

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