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Bancos e gestoras internacionais reúnem-se para decidir sobre PT/Oi

O Comité de Determinações da Associação Internacional de Swaps e Derivados vai responder à questão se o pedido de recuperação judicial da Oi constitui um evento de crédito. A reunião é esta sexta-feira.

Bloomberg
23 de Junho de 2016 às 15:53
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Os representantes dos bancos e gestoras de activos envolvidos nos mercados de dívida agendaram uma reunião para esta sexta-feira para responder à questão se o pedido de recuperação judicial, apresentado pela Oi na segunda-feira, constitui um evento de crédito. Caso a resposta do Comité de Decisões da Associação Internacional de Swaps e Derivados (ISDA) seja afirmativa isso levará a activação dos "credit-default swaps" (CDS) sobre as obrigações da Portugal Telecom International Finance (PTIF). Os CDS são instrumentos financeiros que servem como uma espécie de seguro em caso de incumprimento.

Estes títulos, emitidos pela antiga Portugal Telecom, são agora garantidos pela Oi. E, dado o pedido de recuperação judicial, a empresa não conseguirá fazer face a estes compromissos. Caso o Comité da ISDA delibere que houve um evento de crédito, será realizado um leilão que determinará a estimativa do valor da recuperação das obrigações garantidas pela Oi.

As entidades que venderam este tipo de protecção pagarão o valor facial dos títulos a quem comprou CDS e, em troca, ficarão com as obrigações detidas pelos investidores que compraram protecção ou, em alternativa, com um valor em dinheiro semelhante ao determinado no leilão que se irá realizar para estimar a taxa de recuperação dos títulos.

Na contraproposta do grupo de credores nas conversações para a reestruturação da dívida da Oi, que acabaram por ser inconclusivas, era pedido à empresa brasileira que activasse os CDS sobre a dívida da PTIF de forma a consolidar os detentores desses títulos. O objectivo era concentrar as posições em menos investidores de forma a aumentar a probabilidade de uma aceitação da troca de dívida por acções da Oi. O grupo de credores pedia 95% do capital da empresa brasileira e a proposta tinha de ser aceite por 95% dos obrigacionistas. 

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