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Moody’s: Resultados das eleições em Portugal e na Grécia são reflexo da fadiga face à austeridade

A ascensão de partidos de extrema-esquerda são um claro sinal de que os eleitores europeus estão a revelar sinais de cansaço em relação à austeridade. Esta é a perspectiva da Moody's que, ainda assim, diz que as reformas têm de ser feitas.

Bloomberg
04 de Novembro de 2015 às 16:34
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Os gregos foram às urnas e o Syriza, partido de extrema-esquerda, saiu vencedor. Portugal votou para escolher um novo primeiro-ministro e a direita, apesar de vencedora, perdeu a maioria dos deputados na Assembleia da República para a esquerda. Sinais que, diz a Moody’s, são um reflexo da fadiga face à austeridade. Mas a agência de notação financeira alerta que as reformas não podem ser interrompidas, até porque terá um impacto negativo no "rating".

"A fadiga em relação às reformas é cada vez mais uma tendência negativa da notação financeira", escreve a Moody’s, no relatório das perspectivas para 2016, publicado esta quarta-feira, 4 de Novembro. Para a agência de notação financeira, "isto foi evidente nos resultados eleitorais da Grécia e de Portugal em 2015, bem como no papel cada vez mais importante que os países anti-reformas estão a ter no terreno político em França, Espanha e Irlanda".

A agência de notação financeira nota que, "à medida que diminuiu a pressão do mercado, o progresso nesta área [das reformas estruturais] abrandou na maioria dos países da União Europeia". "E esta falta de progresso é reflectida nos nossos ‘ratings’ na Europa", atira a Moody’s, salientando que são "predominantemente estáveis, reflectindo a ausência de fortes pressões negativas graças ao fim da crise, mas também a ausência de fortes tendências positivas".

A Moody’s diz mesmo que "as poucas decisões de ‘rating’ tomadas em 2015 foram, em média, negativas, reflectindo a provável deterioração orçamental, devido às piores perspectivas de crescimento no médio prazo em França, Finlândia e Áustria". Feitas as contas, a Moody’s tomou cinco decisões positivas e seis negativas na Europa Ocidental.

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