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Juros da dívida portuguesa a dez anos abaixo de 3%
A negociar abaixo de 3%, a "yield" a dez anos cai pela quarta sessão. Isto numa sessão positiva, a beneficiar do acordo entre a Grécia e os credores. Também em queda está o prémio de risco de Portugal.
Os juros da dívida soberana portuguesa estão novamente em queda esta terça-feira, 25 de Maio. Recuam em todas as maturidades, sendo que a taxa a dez anos cai para menos de 3%. Está no valor mais baixo desde 5 de Abril, numa sessão em que o mercado da Zona Euro beneficia do acordo entre a Grécia e os seus credores. Também em mínimos está o prémio de risco de Portugal.
Pela quinta sessão consecutiva em queda, a taxa de juro das obrigações a dois anos está, desta feita, a recuar 2,3 pontos para 0,483%. Uma tendência também registada na maturidade a cinco anos, na qual a "yield" cai 7,1 pontos para 1,701%. Mais relevante é a taxa a dez anos, que está novamente abaixo de 3%. A "yield" recua, actualmente, 4,0 pontos para 2,991%, naquela que é a quarta sessão consecutiva de quedas.
A tendência é de quedas em toda a Zona Euro. Os juros de Espanha e Itália recuam esta quarta-feira, uma tendência igualmente registada na "yield" da Alemanha a dez anos. Cai 1,0 pontos para 0,167%, levando o prémio de risco de Portugal a recuar para 282,4 pontos, um mínimo de 4 de Abril.
Isto numa sessão em que também os juros da Grécia recuam com o acordo anunciado pelo Eurogrupo, de que irá desembolsar mais 10,3 mil milhões de euros a Atenas. "A ajudar ao sentimento positivo esteve a decisão do Eurogrupo", referem os analistas do RBC Capital Markets, "concluindo que as autoridades gregas fizeram o que era necessário para assegurar a próxima tranche de financiamento".
Para o desfecho positivo contribuíram várias cedências, nomeadamente do Fundo Monetário Internacional (FMI). A entidade liderada por Christine Lagarde exigia uma reestruturação da dívida helénica, posição rejeitada pelos países europeus. Apesar das divergências, o FMI irá também participar neste programa. A discussão sobre a reestruturação da dívida ficou adiada para 2018.