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Juros a dez anos intensificam quedas e voltam a negociar abaixo dos 3%

Os juros da dívida portuguesa acompanham as descidas na Europa. Na Alemanha, a "yield" das obrigações a dez anos está em mínimos de dez meses. Em Espanha e Itália atingiu o valor mais baixo desde o início de Fevereiro.

29 de Fevereiro de 2016 às 16:22
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Os juros da dívida pública portuguesa estão a intensificar a trajectória descente, tendo voltado a negociar abaixo de 3% no prazo a dez anos. O alívio nos juros da dívida estende-se à generalidade dos países europeus, numa altura em que cresce a expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE) vai reforçar os estímulos à economia.

 

Em Portugal, a "yield" das obrigações a dez anos afunda 11,3 pontos base para 2,969%, o valor mais baixo desde 2 de Fevereiro. A cinco anos, a descida é de 17,2 pontos base para 1,879%.

 

Os juros da dívida portuguesa a dez anos superaram os 4,5% no passado dia 11 de Fevereiro, tendo aliviado desde então, para, esta segunda-feira, voltarem a baixar da fasquia dos 3%.

 

A tendência repete-se nos países da chamada periferia do euro, e também na Alemanha, onde os juros da dívida a dez anos negoceiam em mínimos de dez meses. A "yield" cai 4 pontos base para 0,106%, o valor mais baixo desde 22 de Abril de 2015.

 

Ainda assim, como a queda dos juros na Alemanha é menos acentuada do que em Portugal, a percepção de risco da dívida portuguesa está a descer. Significa isto que o prémio de risco que os investidores estão dispostos a pagar para comprar dívida portuguesa em detrimento da alemã, o chamado "spread", é menor. Desce, nesta altura, 6,7 pontos para 283,8, o valor mais baixo desde o início do mês.

 

Em Espanha, os juros das obrigações a dez anos recuam 5,5 pontos base para 1,517%, enquanto em Itália a descida é de 6,7 pontos base para 1,407%. Em ambos os casos, é o valor mais baixo desde o dia 1 de Fevereiro.

 

Na Grécia, por seu lado, a "yield" desce 6,5 pontos no prazo de referência para negociar em 10,242%.

 

Esta manhã, o Eurostat revelou que a taxa de inflação na Zona Euro deverá ter voltado para valores negativos em Fevereiro, o que aumenta a expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE) vai adoptar uma resposta mais firme perante as ameaças de deflação na região da moeda única, já na próxima reunião de política monetária, que se realiza a 9 e 10 de Março.

A possibilidade de reforçar os estímulos já no próximo mês foi admitida pelo próprio presidente da instituição, Mario Draghi, que poderá rever o pacote de incentivos que incluem já taxas de juro de depósitos negativas e um programa de compra de activos de 1,5 biliões de euros. 

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